As câmaras tiveram no ano de 2015 cerca de 38 mil desempregados colocados pelos centros de emprego através dos chamados “Contratos Emprego-Inserção” (CEI), números que corresponde a mais de um terço dos funcionários que trabalham de forma tradicional para as autarquias.

A notícia é avançada pela TSF e veio a público através da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda que garante ser oficial que, em 2015, através dos CEI, havia 38 mil pessoas a trabalhar nos municípios, 18 mil em instituições particulares de solidariedade social e 12 mil na administração central. Todas elas colocadas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Em declarações à rádio TSF o representante dos municípios, Manuel Machado, disse que quando os CEI foram criados o intuito era minorar a subida do desemprego mantendo as pessoas no ativo mesmo que isso não significa-se um trabalho formal.

O sindicalista José Correia fala em “escravatura dos tempos modernos”, sendo que recentemente apresentou uma proposta ao secretário de Estado das Autarquias Locais para a regularização destes casos.

Já em 2014 se tinham conhecido casos de desempregados colocados em locais como escolas, centros de saúde, câmaras ou juntas de freguesias, pagando-lhes uma bolsa mensal de apenas 84 euros.

O Governo recusou-se a confirmar as informações que o Bloco de Esquerda afirma serem oficiais. Já a Associação Nacional de Municípios admitiu que existem muitos serviços que são sustentados pelo trabalho de desempregados colocados pelo IEFP.

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