Um hospital pediátrico e um banco de sangue foram esta quarta-feira atingidos por bombardeamentos, na zona leste de Aleppo, Síria.

De acordo com o The Guardian, um motorista de uma ambulância e pelo menos duas crianças estão entre as 20 vítimas mortais (aos quais se juntam 47 feridos) do ataque a uma das maiores redutos dos rebeldes na maior cidade síria.

O bombardeamento está a ser entendido como uma grande ofensiva do presidente sírio Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia e pelo Irão, para eliminar aquele que é o último bastião urbano dos rebeldes.

O diretor do hospital — que faz mais de quatro mil consultas por mês e foi um dos seis centros médicos bombardeados nos últimos dois dias — escreveu no Facebook, ainda durante o ataque: “Um dia horrível para o hospital. Eu, a minha equipa e todos os pacientes estamos sentados num quarto na cave neste momento”. No mesmo post, o dr. Hartem escreveu, citado pelo The Guardian: “Estamos a tentar deixar a cave, mas não podemos, por causa dos aviões que ainda sobrevoam o céu. Orem por nós, por favor.

A oposição está à espera de uma forte ofensiva de Assad, depois do contexto geopolítico se ter alterado drasticamente com a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA. Na terça-feira, o presidente sírio descreveu Trump como um “aliado natural”, caso cumpra a promessa eleitoral de combater o terrorismo.

Como escreveu numa SMS, um professor da cidade, Abdulkafi al-Hamdo, citado pelo britânico The Gaurdian: “O Horror está de volta a Aleppo”.

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