O Banco de Moçambique defendeu, esta sexta-feira, que os bancos nacionais devem aumentar a sua capitalização para participarem no financiamento dos projetos de gás natural, assinalando que o envolvimento do sistema financeiro nacional nos recursos energéticos será uma mais-valia.

Falando na Mozambique Gas Summit, uma conferência internacional sobre gás natural que terminou, esta sexta-feira, em Maputo, Joana Matsombe, administradora do Banco de Moçambique, assinalou que, até ao momento, as instituições financeiras moçambicanas participaram com apenas cerca de 16% dos investimentos associados à pesquisa de gás natural, sendo que mais de 80% resultaram de Investimento Direto Estrangeiro (IDE).

“A banca nacional tem de se capitalizar para ter um maior quinhão no financiamento dos investimentos nos recursos energéticos, esse envolvimento seria uma ajuda na afirmação do sistema financeiro nacional e no alargamento dos seus retornos”, declarou Matsombe.

Devido à sua pequenez, prosseguiu a administradora do Banco de Moçambique, o sistema financeiro moçambicano tem tido uma participação marginal nos projetos associados aos recursos naturais.

“Há pequenas coisas que os bancos nacionais têm feito na relação com os mega-projetos da indústria do gás”, enfatizou Joana Matsombe.

Com investimentos superiores a sete mil milhões de dólares (mais de 6,5 mil milhões de euros) na pesquisa de gás natural as multinacionais do setor têm recorrido ao financiamento bancário externo e aos recursos dos acionistas, acrescentou, prosseguiu Joana Matsombe.

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