Primeiro a Aston Martin e a Red Bull anunciaram a produção de 99 unidades, mas os fãs rapidamente as adquiriram todas. A possibilidade de ter um hiperdesportivo com o charme da Aston Martin, a tecnologia da Red Bull e a magia aerodinâmica de Newey falou mais alto. Passados uns meses, as duas empresas colocaram-se de acordo e anunciaram um incremento na produção do AM-RB 001 para 150 unidades. E, como seria de esperar, voltou a esgotar.

Não estamos a falar de desportivos com 600 ou 700 cv (valor já de si impressionante e capaz de fazer crescer água na boca a qualquer um), e nem sequer de bombas com 1000 cv. Estamos sim a referir-nos a veículos que são, simultaneamente, potentes – e superar a fasquia dos 1000 cv é um must – mas igualmente leves, de forma a assegurar uma relação peso/potência inferior ou igual a 1kg/cv. E acreditem que, a partir de determinado limite, sai mais barato extrair mais 100 cv de um motor, do que retirar 100 kg ao peso de um desportivo. Menos mal que, no caso do AM-RB 001, o modelo pretende dar cartas em ambos os sectores.

Voltando à história do hiperdesportivo, foi decidido produzir 150 unidades para utilização em estrada, mais 25 veículos exclusivamente para competição. Os valores limitados faziam inicialmente todo o sentido, tanto mais que, apesar da marca não ter anunciado o preço final – na realidade também não anunciou o nome do modelo, pois AM-RB 001 é apenas um código –, estima-se que oscile entre 2 e 3 milhões de libras (qualquer coisa como 2,3 a 3,6 milhões de euros) – o que é um valor que fica no ouvido, mas que entusiasma muito um reduzido número de clientes. Ênfase no reduzido.

Se isto era a teoria, rapidamente a prática se encarregou se deitar por terra a estratégia das duas empresas britânicas, sobretudo assim que as 150 unidades se esgotaram ainda antes de a marca conseguir anunciar aos quatro ventos o nome do “bicho”. E o preço. De modo que, se pretende transformar-se no feliz e orgulhoso proprietário de um AM-RB 001, só restam algumas das versões de competição. E se está a pensar circular com elas na rua, esqueça. Vão ser 25 carros de corrida, sem qualquer respeito pelas normas de poluição sonora ou ambiental – em matéria de normas, vão apenas obedecer às da FIA –, pelo que nunca vão poder ser matriculados.

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