Vladimir Putin terá estado pessoalmente envolvido numa operação secreta da Rússia destinada a interferir na campanha presidencial norte-americana através de ações de ciberespionagem, segundo noticia a NBC News. A cadeia de televisão norte-americana refere ter obtido a informação junto de dois agentes, não identificados, dos serviços secretos dos Estados Unidos, que garantem ter “um elevado nível de confiança” nos dados obtidos junto de fontes diplomáticas e de espiões que se encontram ao serviço de países aliados dos Estados Unidos.

A NBC escreve que aquilo que terá começado por ser uma operação configurada como uma vingança sobre Hillary Clinton acabou por se transformar numa tentativa de denunciar a corrupção no sistema político dos Estados Unidos e de criar quebras de confiança entre os respetivos aliados em relação à capacidade do país para se manter na posição de um líder global credível.

Em meados de outubro de 2015, a WikiLeaks revelou cerca de 20 mil e-mails trocados por membros de topo do Partido Democrata. Entre as mensagens encontrava-se informação sobre ideias e iniciativas que visavam prejudicar a candidatura de Bernie Sanders à nomeação para a corrida à Casa Branca, facto que levou o concorrente de Clinton a pedir demissões na estrutura da organização, sob a acusação de estar enviesada em favor da antiga secretária de Estado norte-americana.

As suspeitas sobre o envolvimento da Rússia no “caso dos e-mails” surgiram logo após a WikiLeaks ter revelado as mensagens eletrónicas. Elementos da campanha de Hillary Clinton e peritos em segurança informática chegaram a afirmar, meses mais tarde e já depois de Sanders ter sido derrotado, que os hackers envolvidos seriam patrocinados pelo Estado russo e que seriam os mesmos que, anteriormente, perpetraram ataques à Casa Branca e ao departamento de Estado norte-americano.

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