O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prolongou na quinta-feira, por mais 72 horas, o encerramento das fronteiras terrestres com a Colômbia e o Brasil.

O encerramento faz parte de uma medida do Governo venezuelano para combater alegadas “máfias” que terão extraído ilegalmente grandes quantidades de notas de 100 bolívares (15 cêntimos) e que esta quinta-feira saíram de circulação.

“Prolonga-se o encerramento da fronteira, com estrita cooperação militar e policial, por mais 72 horas, com a Colômbia e o Brasil, até domingo”, disse o chefe de Estado durante uma reunião com o seu gabinete.

O Presidente Nicolás Maduro ordenou o encerramento, no domingo, das fronteiras com a Colômbia e o Brasil, ao mesmo tempo que deu instruções para que as notas de 100 bolívares (15 cêntimos) fossem retiradas de circulação, instando as pessoas a acorrerem aos bancos públicos e privados do país a fim de depositar ou trocar o dinheiro.

A medida, segundo explicou, tem como propósito combater máfias internacionais (norte-americanas, colombianas, europeias e asiáticas) que estariam a armazenar ilegalmente aquelas notas, para desestabilizar a economia venezuelana.

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Finalizado o prazo de troca, os venezuelanos dispunham de 10 dias para acudir ao Banco Central da Venezuela, em Caracas, a fim de proceder à troca das notas restantes.

Hoje, o chefe de Estado anunciou uma redução desse prazo extra e indicou que quem ainda tenha as notas de 100 bolívares “tem cinco dias para depositar no Banco Central da Venezuela “. “Vamos dispor de 30 balcões para que em cinco dias as pessoas (…) troquem as notas de 100”, disse.

A eliminação das notas obrigou ao reforço da segurança nas instituições bancárias que nos últimos três dias registaram grandes filas de clientes que se queixavam que os bancos não disponham de outras notas para trocar.