Cerca de 19.000 pessoas foram retiradas do leste de Alepo desde que começou a operação de evacuação, na quinta-feira, informou, esta terça-feira, a ONU, enquanto que o Comité Internacional da Cruz Vermelha fala em 25 mil pessoas.

Citado pela EFE, o porta-voz do gabinete de coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), Jens Laerke, informou que dez autocarros partiram, esta terça-feira de manhã, de um posto de controlo no leste de Alepo, numa operação coordenada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho da Síria.

Já a AFP cita uma porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), segundo a qual pelo menos 25.000 civis e rebeldes saíram de Alepo desde o início das operações de evacuação. “Só ontem (segunda-feira), retirámos 15.000 pessoas do leste Alepo. Desde quinta-feira, o total é de 25.000”, indicou Ingy Sedky, precisando que “milhares” esperavam ainda ser retirados do reduto rebelde da segunda maior cidade síria.

A diretora da União das Organizações de Socorro e Cuidados Médicos no sul da província de Alepo, Bachar Babbour, afirmou à AFP que oito autocarros tinham chegado esta terça-feira de manhã com pessoas retiradas de Alepo, entre as quais feridos. “O seu estado é lamentável, toda a gente tinha frio (…), havia um idoso que tremia”, disse.

Tanto a OCHA como o CICV dizem que 750 pessoas foram retiradas de Fua e Kefraya, duas localidades xiitas sitiadas pelos islamitas na província de Idleb (noroeste), vizinha da de Alepo.

As evacuações simultâneas de Alepo e destas duas localidades ocorreram na sequência de um acordo alcançado entre a Rússia e o Irão, por um lado, e a Turquia, por outro, respetivamente aliados do regime e da rebelião.

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