O desemprego registado no final do mês de novembro diminuiu 11,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que representa a maior quebra homóloga do desemprego registado do ano. Em relação ao mês de outubro, o desemprego registado desceu cerca de 0,8%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Na prática, no final do mês de novembro havia 486.434 pessoas registadas nos centros de emprego, menos 63.816 do que há um ano. Será necessário recuar até março de 2009 para se encontrar um número de inscritos inferior ao observado em novembro deste ano, tendo-se registado na altura um total de 484.131 inscritos.

Na mesma linha, também o desemprego jovem registou a maior redução homóloga do ano: -17,3% (menos 10.504 pessoas). Já em comparação direta com o mês de outubro, existem agora menos 4.155 desempregados registados no IEFP.

O desemprego registado diz respeito ao conjunto de pessoas com idade mínima para trabalhar, inscritas nos Centros de Emprego, que, não tendo emprego, procuram um e estão disponíveis para trabalhar. De acordo com os dados recolhidos, o desemprego registado continua a diminuir, mantendo-se abaixo das 500 mil pessoas pelo quinto mês consecutivo.

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De forma mais pormenorizada, os dados do IEFP dão conta de uma descida do desemprego registado entre os homens (-13,4%) e entre mulheres (-10%), quando comparados com o mesmo período de 2015.

O desemprego registado entre mulheres (53,3 %) continua a ser superior ao registado entre homens (46,7%). O mesmo em relação aos mais velhos: dos desempregados registados, 87,9% têm mais de 25 anos.

Outra novidade importante: o número de casais em que ambos os cônjuges estão inscritos nos centros de emprego desceu 3,8% em novembro em termos homólogos e 0,3% face a outubro, para os 10.456.

De acordo com a informação disponível na página do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), em novembro, do total de desempregados casados ou em união de facto, 20.912 (10,1%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no serviço de emprego.

Relativamente aos desempregados casados ou em situação de união de facto, a diminuição face a novembro de 2015 atingiu 12,6% (com menos 29.865 desempregados), enquanto a variação face a outubro de 2016 foi de -1,1%.

No continente, e a nível regional, a descida homóloga no desemprego registado foi mais expressiva no Centro (16,4%, para 62.224). “Em relação ao mês anterior, o desemprego diminuiu em todas as regiões, com exceção do Algarve, onde se verificou um acréscimo de 40,3% face a outubro”, pode ler-se no relatório do IEFP. O Norte, no entanto, continua a ser a região mais afetada, com 209.834 desempregados registados (42,8%).

“A descida anual do desemprego fez-se sentir em todos os níveis de instrução. O decréscimo percentual mais elevado verificou-se no primeiro ciclo do ensino básico com -14,0% face ao mês homólogo de 2015”, refere também o IEFP.

As colocações realizadas durante o mês de setembro de 2016 totalizaram as 7.925 em todo o país, número inferior ao de igual período de 2015 (-32,6%, com menos 3.832 colocações) e superior ao do mês anterior (+11,0%, com mais 783 colocações).

A análise das colocações por grupos de profissões, segundo o IEFP, mostra uma maior concentração nos trabalhadores não qualificados (29,9%), nos trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (16,7%) e nos trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (15,5%).