O antigo ministro da Defesa Nacional, Luís de Azevedo Coutinho, morreu esta quinta-feira aos 87 anos – na véspera de completar os 88 anos – vítima de doença prolongada.

Freitas do Amaral avançou a notícia à Agência Lusa, recordando o “homem muito inteligente” e “muito culto”.

O antigo líder centrista quis prestar homenagem à sua memória, porque, afirmou, foi “um dos elementos mais importantes, mais influentes e mais ativos, nos primeiros dez anos do CDS, entre 1974 e 1883”, período em que Freitas do Amaral foi presidente do partido.

Natural do Porto, Azevedo Coutinho, engenheiro de formação, aderiu ao partido logo a seguir à sua fundação e fazia parte do grupo dos “três engenheiros do CDS no Porto”, contou ainda o antigo presidente da Assembleia-Geral da Nações Unidas.

Segundo Freitas do Amaral, Azevedo Coutinho fez “o principal trabalho” da implantação do partido no distrito do Porto, que “era um distrito difícil”.

“Conseguiu fazer, na campanha das legislativas de 1976, um enorme comício que encheu por completo o Estádio das Antas” e que ajudou a ter “uma subida eleitoral de 7% para 16% e de 15 para 43 deputados”, recordou.

Fez ainda parte da direção nacional do partido, foi deputado e, no primeiro governo da Aliança Democrática (AD), chefiado por Francisco Sá Carneiro, foi, a convite de Freitas do Amaral, secretário Estado dos Negócios Estrangeiros. “Foi o meu braço direito no Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde resolveu imensos problemas, sobretudo na área da cooperação com Cabo Verde, Angola e Moçambique”, disse o antigo vice-primeiro-ministro.

A seguir ao acidente de Camarate, no qual morreu Sá Carneiro e Amaro da Costa, Azevedo Coutinho foi ministro da Defesa Nacional no primeiro Governo de Pinto Balsemão. “Teve um papel importante na preparação daquilo que viria a ser, já comigo, a proposta de lei da Defesa Nacional e das Forças Armadas”, concluiu Freitas do Amaral.

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