A mensagem de Natal do líder da oposição, Passos Coelho, tem duas partes: uma bélica, com recados ao Governo; outra natalícia, onde deseja o melhor para o país. Na sede do PSD, na São Caetano, com uma árvore de Natal de fundo, Passos envia recados a António Costa, dizendo que o PSD não defende “uma coisa no Governo e outra na oposição” e não alinha em “ocultações, opacidade e encenações“.

Mesmo na parte mais natalícia, em que Passos fala em “trégua” e em “espírito de união familiar”, sugere que janeiro não trará um país cor-de-rosa, dizendo que a quadra natalícia “ajuda a recarregar energias para quando se tiver de retomar a realidade que nos cerca“. Não é o “diabo” que viria depois do verão, nem os “reis magos” anunciados no jantar de Natal da bancada do PSD, mas a “realidade que nos cerca”.

Passos insiste na tese da prudência, que defende desde sempre e que inclui, por exemplo, uma reposição de rendimentos mais diluída no tempo do que aquela que o Governo socialista está a fazer. Um país prevenido, enfrenta melhor as adversidades externas, acredita Passos.

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Não escondemos que temos preocupações e por isso entendemos que um país prevenido se defende melhor perante contingências da situação internacional. Nunca deixaremos de dizer o que tiver de ser dito para bem de Portugal.

Na mesma linha, de justificar a contenção orçamental e a tal prudência, Passos diz que “está sempre nas nossas mãos lutar por aquilo que queremos no nosso futuro, mesmo quando temos de prescindir de alguma coisa no presente para alargar os horizontes no futuro“.

Passos Coelho destaca que o PSD é um “partido com provas dadas” que luta “para corresponder às suas necessidades, anseios, ambições” dos portugueses. Por isso, o partido “sempre que é necessário” faz críticas e alertas mas também apresenta “propostas para soluções positivas”.

O presidente do PSD deixa também uma parte da mensagem mais natalícia e esperançosa, onde lembra que “em cada ano que começa, renova-se a esperança num tempo melhor para todos, com mais emprego, justiça social, solidariedade, tolerância e respeito.”