É tido pela própria Mitsubishi como um “momento decisivo” para o seu futuro. Em Março, no Salão de Genebra, a casa dos três diamantes, de que a Aliança Renault-Nissan detém 34% do capital desde finais de 2016 – o que lhe permite controlar a administração – vai dar a conhecer ao mundo o primeiro de uma nova geração de veículos que, de forma progressiva, irão chegar ao mercado ao longo dos próximos três anos.

Tirando partido da forte imagem e dos indiscutíveis pergaminhos que detém neste sector, para o início da renovação da sua gama a Mitsubishi aposta num novo SUV do segmento médio, a posicionar entre o ASX e o Outlander (que se mantêm em catálogo), e destinado a concorrer num dos mais competitivos e apetecidos segmentos do mercado europeu – aquele que há quase uma década é dominado pelo Nissan Qashqai. Prometendo adoptar uma postura desportiva, o novo modelo não só permitirá ao seu construtor rumar numa direcção totalmente nova, como representa mais um passo no sentido de o reposicionar como um dos principais actores do actual panorama dos SUV.

Desta nova proposta apenas foi revelada uma fotografia, que não mostra mais do que a respectiva silhueta, estando ainda por conhecer o seu nome. Mas a marca nipónica, ainda assim, avança com alguns detalhes interessantes, como o facto de este novo SUV descender do protótipo XR-PHEV II Concept, mostrado no Salão de Genebra de 2015, afirmando que o mesmo se demarca dos seus rivais em formato de coupé graças às suas linhas ousadas, em que se destaca a pronunciada linha de tejadilho, que se conjuga com uma frente agressiva, uma cintura em cunha e uma traseira caracterizada por um “V” acentuado, nascido da confluência dos pilares traseiros com as formas envolventes do pára-choques posterior.

No plano técnico, tudo está ainda por conhecer. Espera-se que a plataforma seja uma versão modificada, mais curta e leve, da utilizada pelo Outlander, e a tracção será seguramente dianteira, embora possa ser proposto, opcionalmente, o sistema de tracção integral de controlo electrónico S-AWC, já conhecido do Outlander PHEV.

Quanto aos motores, fica por saber se a marca recorrerá às suas próprias unidades já utilizadas noutros modelos da sua gama (por exemplo, o 1.6 a gasolina de 117 cv ou os 1.6 e 2.2 turbodiesel, de 114 cv e 150 cv, respectivamente), se aproveitará a oportunidade para estrear novos motores, ou se recorrerá ao banco de órgãos da Aliança que passou a integrar. Mas o construtor japonês pode ir até um pouco mais longe, materializando uma solução semelhante à utilizada pelo XR-PHEV II Concept, que recorria a um grupo motopropulsor híbrido plug-in, que combinava um motor a gasolina Mivec com um motor eléctrico e uma bateria de 12 kWh, transmitindo a potência exclusivamente ao eixo dianteiro.

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