O gabinete de estatísticas suíço informou que a iniciativa para a “naturalização de imigrantes da terceira geração” obteve 60,4% dos votos no referendo, abrindo caminho para jovens cujos pais e avós vivem na Suíça há décadas obterem a cidadania. À semelhança de muitos países europeus, nascer na Suíça não confere forma automática a nacionalidade suíça.

Cerca de 25 mil pessoas com menos de 25 anos são consideradas como podendo ser elegíveis para o novo processo no país onde os cidadãos estrangeiros representam cerca de um quarto da população. As condições de naturalização permanecem iguais: deve dominar uma das quatro línguas nacionais (alemão, italiano, francês e romanche) e respeitar as leis e os valores expressos na Constituição do país.

Além disso, o candidato deve ter nascido na Suíça e ter frequentado a escola por pelo menos cinco anos e ter até 25 anos. Pelo menos um dos pais tem de ter vivido pelo menos 10 anos na Suíça e frequentado a escola por cinco anos e, por último, um dos avós tem de ter nascido na Suíça ou ter tido uma autorização de residência.

A Suíça não integra o bloco de 28 países da União Europeia, mas está rodeada deles, sendo um país que recebe estrangeiros há vários séculos. Além da reforma que facilita a naturalização dos netos dos imigrantes residentes no país, o referendo realizado no domingo aprovou também, com 61,9% dos votos, uma questão sobre o gasto em infraestruturas.

Os eleitores no cantão de Grisões (Graubuenden), no leste do país, decidiram ainda contra a organização dos Jogos Olímpicos de Inverno em 2026. Há quatro anos, a região rejeitou num referendo semelhante ser a anfitriã dos Jogos de Inverno 2022, que foram entretanto atribuídos a Pequim.

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