A Fundação Berardo tem uma dívida de 998 milhões de euros, quase toda proveniente de financiamentos pedidos à banca, escreve o Correio da Manhã, que teve acesso às contas da Fundação.

“Quase todo este endividamento, que diz respeito ao final de 2016, está concentrado em empréstimos de médio e longo prazo, cuja duração temporal é superior a um ano. Como a despesa com ‘juros e gastos similares suportados’ ultrapassou os 17 milhões de euros, tudo indica que esses financiamentos dizem respeito a empréstimos bancários e obrigacionistas”, lê-se no artigo do jornal.

A Fundação Berardo foi criada em 1988 pelo empresário madeirense Joe Berardo mas desde há vários anos que o seu nível de endividamente é bastante elevado. As contas a que o CM teve acesso revelam que em 2008, as “dívidas a instituições de crédito” ascendiam a 790,1 milhões de euros, dos quais 93% eram de médio e longo prazo, mas, no final de 2016, o endividamento atingiu 998,9 milhões de euros, dos quais 99,7% são créditos com mais de um ano.

No final de 2016, a Fundação Berardo tinha um ativo total de 737,6 milhões de euros. O passivo total (todas as dívidas) superava os mil milhões de euros.

Joe Berardo detém 862 obras de arte moderna e contemporânea e o acervo está avaliado pela leiloeira Christie’s em 316 milhões de euros. A coleção está em exposição no Centro Cultural de Belém.

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