Cristiano Ronaldo e Leonel Messi são dois suspeitos do costume no que à Bola de Ouro diz respeito. A primeira vez que ambos foram nomeados para o prémio (ainda este era atribuído somente pela revista France Football; o prémio foi atribuído pela primeira vez em 1991, tendo na altura vencido o alemão Matthäus) foi em 2007. Esse prémio seria vencido pelo brasileiro Kaká — Ronaldo foi terceiro e Messi segundo na votação.

Daí para cá, ora vencia um, ora vencia o outro. Mais ninguém se intrometia na disputa. Mas tempos houve em que argentino venceu bem mais — e mais seguidamente. Se é verdade que Ronaldo venceu a Bola de Ouro em 2008, não é menos verdade que Messi venceria o galardão quatro vezes consecutivas: de 2009 até 2012. Dir-se-ia que Ronaldo nunca igualaria a façanha de Messi, que era impossível igualá-lo. Mas o português venceria em 2013 e 2014. E aproximou-se do jogador do Barcelona — voltando este a distanciar-se depois de tornar a vencer em 2015. Ronaldo ganharia a Bola de Ouro em 2016 e é o favorito a ganhá-la em 2017 também, igualando assim a quinta Bola de Ouro de Messi. Impossível? Não para ele.

Mas porque é que Ronaldo é favorito? É certo que a Bola de Ouro é um troféu individual e que elege o melhor jogador do ano para a revista France Football. Também é certo que as estatísticas individuais de Messi superaram em quase tudo as de Ronaldo ao longo da época passada. Mas é igualmente certo que a France Football (em parceria com a FIFA ou, como agora, não) tem elegido sempre aquele que mais títulos coletivos venceu na temporada anterior. E Ronaldo superou largamente Messi aí.

Ronaldo, vemo-nos em Zurique para a quinta Bola de Ouro. Combinado?

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Vamos lá a títulos. Ronaldo venceu a La Liga, a Liga dos Campeões, a Supertaça Europeia e o Mundial de Clubes. Messi venceria “apenas” a Taça do Rei e a Supertaça espanhola. Quanto ao que individualmente um e outro fizeram, estamos na presença de dois “extraterrestres” no que a pulverizar estatísticas diz respeito. Ronaldo, por exemplo, foi o melhor goleador da Champions com 12 golos. Ao todo, e somando todas as provas ao longo da época, fez 42 golos em 46 jogos. Curiosamente, esta até foi a segunda pior época de Ronaldo (quanto a golos, claro) em Madrid — só na primeira (2008/09; 33 golos em 35 jogos) fez menos, mas tinha a “desculpa” de ser à época mais extremo do que avançado-centro. Quanto a Messi, fez na última época 52 jogos… e 54 golos. Foi o melhor goleador da Europa, vencendo a Bota de Ouro.

O vencedor será conhecido em dezembro. Entre Ronaldo e Messi, um dos “extraterrestres” vencerá. Mas lista é bem mais extensa e contempla 30 jogadores. Conheça-os aqui:

Neymar (Paris Saint-Germain/Brasil)

Luka Modric (Real Madrid/Croácia)

Paulo Dybala (Juventus/Argentina)

Marcelo (Real Madrid/Brasil)

N’Golo Kanté (Chelsea/França)

Luis Suárez (Barcelona/Uruguai)

Sergio Ramos (Real Madrid/Espanha)

Jan Oblak (Atlético de Madrid/Eslovénia)

Philippe Coutinho (Liverpool/Brasil)

Dries Mertens (Nápoles/Bélgica)

Kevin de Bruyne (Manchester City/Bélgica)

Robert Lewandowski (Bayern de Munique/Polónia)

David de Gea (Manchester United/Espanha)

Harry Kane (Tottenham/Inglaterra)

Edin Dzeko (AS Roma/Bósnia e Herezgovina)

Antoine Griezmann (Atlético de Madrid/França)

Toni Kroos (Real Madrid/Alemanha)

Gianluigi Buffon (Juventus/Itália)

Sadio Mané (Liverpool/Senegal)

Falcao (AS Monaco/Colômbia)

Lionel Messi (Barcelona/Argentina)

Pierre-Emerick Aubameyang (Borussia Dortmund/Gabão)

Edinson Cavani (Paris Saint-Germain/Uruguai)

Mats Hummels (Bayern de Munique/Alemanha)

Karim Benzema (Real Madrid/França)

Eden Hazard (Chelsea/Bélgica)

Cristiano Ronaldo (Real Madrid/Portugal)

Leonardo Bonucci (AC Milan/Itália)

Isco (Real Madrid/Espanha)

Kylian Mbappé (Paris Saint-Germain/França)