Os Estados Unidos da América preparam-se para investir até 25 mil milhões de dólares num muro fronteiriço com o México. No início do mês, Donald Trump já tinha em mãos oito protótipos dessa construção, que terá câmaras de segurança, sensores de movimento e estruturas fortificadas. E serão precisos 450 mil dólares, nove metros quadrados de área e 30 dias para testar cada um deles. Pelo mundo fora, outras estruturas também dividem os limites entre países. Mas na sua maioria são pacíficas.

Em 1985, quando o Acordo de Schengen tornou mais fácil a movimentação entre países europeus, o fotógrafo holandês Valerio Vincenzo teve uma ideia: pegar na máquina fotográfica e documentar “as fronteiras enquanto lugares de paz”. Só com a ajuda de um GPS e de mapas muito pormenorizados é que encontrou algumas: se umas das fronteiras estão bem marcadas com monumentos ou linhas, outras confundem-se no mar ou entre florestas densas. Nestes lugares, diz Valerio Vincenzo, “os estereótipos que temos do que é uma fronteira desvanecem-se. Afinal de contas, o que é uma fronteira?”, questiona-se o artista.

No país mais poderoso do mundo, a resposta não será igual à que que pode ver na fotogaleria, com 35 fotografias das fronteiras visitadas por Valerio Vincenzo desde os anos 90 até à atualidade.

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