Tal como tinha acontecido em agosto, Rio Ave e Benfica voltaram a empatar no final dos 90 minutos. No entanto, ao contrário do que se passou no Campeonato, alguém teria mesmo de ganhar (ou perder) e os vila-condenses acabaram por ser mais fortes eliminando o atual e ainda detentor do troféu. Contas feitas, foi a oitava derrota da época apenas uma semana depois da confirmação do pior registo de uma equipa portuguesa na Champions.

Além das seis derrotas noutras tantas partidas da Liga dos Campeões, os encarnados perderam também uma vez no Campeonato (Boavista) e agora na Taça de Portugal. Tudo em 25 jogos, num total de 32% de desaires na presente temporada até dezembro que tinha acontecido a última vez em 2011, no pior arranque de Jorge Jesus na Luz durante as seis temporadas em que comandou a equipa.

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Temos agora duas competições, fundamentalmente o campeonato. Agora em janeiro… Temos essa altura para refletir até lá sobre o que fazer. Fundamental é olhar para o que foi o processo, para o que estamos a fazer. Se somos nós a ganhar, o jogo seria o mesmo e tínhamos merecido. O futebol tem situações circunstanciais. Agora é preparar o próximo jogo, olhar em frente. Passar estas dificuldades torna-nos mais fortes. Os meus jogadores são jogadores campeões”, disse Rui Vitória na flash interview.

E num encontro com tantas contrariedades para o Benfica, houve uma em específico que nunca tinha acontecido até ao momento: Jonas falhar uma grande penalidade. É certo que, dois minutos depois, Luisão conseguiu empatar a dois e levar o encontro para o prolongamento, mas pelo meio Rui Vitória, a perder, arriscou tudo com a entrada de Seferovic e a saída de Grimaldo. Por um lado, esgotou as alterações quando, caso estivesse empatado, deveria congelar a troca (e ficou por isso a jogar com dez quando Luisão se lesionou nos descontos do tempo regulamentar); por outro, deixou de ter alternativas que evitassem as adaptações de Salvio e Zivkovic a laterais e André Almeida a central durante todo o prolongamento.

Quem tinha tudo para não esquecer este encontro era Luisão, mas provavelmente preferirá apagá-lo o mais depressa possível da memória pela lesão mesmo antes do prolongamento quando não havia mais substituições e pelo desaire: ao alinha de início, o capitão tornou-se o segundo jogador do Benfica com mais jogos realizados pelos encarnados apenas atrás de Nené e, ao apontar o 47.º golo pelas águias, igualou o registo de Chalana.