O Parlamento Europeu quer tolerância zero no que toca ao álcool para os condutores, nos dois primeiros anos de carta de condução, em todos os Estados-membros.

A notícia está a ser avançada pelo Jornal de Notícias (link para o artigo ainda indisponível), que cita uma proposta de resolução enviada à Comissão Europeia. O documento sugere que sejam analisados os benefícios de “harmonizar o limite de concentração do álcool em 0,0% para os novos condutores durante os seus dois primeiros anos e para os condutores profissionais”.

A legislação hoje varia de país para país. Em Portugal, nos primeiros dois anos de carta — em regime probatório –, conduzir com uma taxa de álcool a partir de 0,2g/l é uma contra-ordenação grave e os condutores podem ficar inibidos de conduzir até um ano. Noutros dez países, como França, Grécia, Irlanda e Suécia, o limite também é 0,19 g/l. Mas em mais dez Estados-membros, como Alemanha, Itália ou Hungria, os recém-condutores não podem indicar qualquer grama de álcool no sangue.

A proposta de resolução aconselha ainda os Estados-membros a criar “programas”, não só para os jovens como para os idosos, que chamem a atenção para “os riscos de acidente ligados à idade”.

Os acidentes rodoviários são a principal causa de morte nos jovens, refere o Parlamento Europeu, acrescentando que 25% das mortes nas estradas na Europa devem-se ao consumo de álcool. Em março deste ano, com a assinatura da Declaração de Valeta, os ministros ligados à segurança rodoviária comprometeram-se a reduzir o número de mortes nas estradas em 50% até 2020.

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