O Presidente guineense, José Mário Vaz, vai ouvir os partidos políticos sobre a marcação da data das próximas eleições legislativas que o próprio quer que tenham lugar ainda este ano, disse à Lusa fonte da Presidência da República.

José Mário Vaz deve ouvir, na quarta-feira, de forma individual, um conjunto de 28 partidos políticos, entre os quais o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas legislativas, realizadas em 2014.

Na quinta-feira, o líder guineense prossegue a ordem de trabalhos, recebendo 18 partidos, entre os quais o Partido da Renovação Social (PRS), o segundo mais votado no atual Parlamento. É intenção do Presidente guineense obter um consenso entre os partidos para que as eleições possam ter lugar ainda em 2018, como recomenda toda comunidade internacional.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas, no seu último comunicado, do dia 21 deste mês, recomendou aos atores políticos guineenses no sentido de trabalharem para que as eleições legislativas possam ser realizadas ainda este ano e as presidenciais em 2019.

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O secretário executivo da Comissão Nacional de Eleições (CNE), José Pedro Sambú, fez saber ao presidente do Parlamento, de quem depende organicamente, que tecnicamente “já não será possível” realizar eleições no mês de maio deste ano.

Segundo Pedro Sambú, para que as eleições tivessem lugar em maio os atos prévios, nomeadamente a atualização dos cadernos eleitorais, bem como a composição do mapa eleitoral, teria que estar feita a partir de janeiro.

Uma fonte da CNE disse à Lusa que “na melhor das hipóteses” as eleições só poderão ter lugar em novembro, contando que a partir de março serão executados atos prévios e considerar “a impossibilidade de fazer aqueles trabalhos” no período das chuvas (entre maio a outubro).

Depois de reunir com os partidos, o Presidente guineense, José Mário Vaz, publicará um decreto com o qual irá afixar a data das eleições. José Mário Vaz nomeou Artur Silva primeiro-ministro a 31 de janeiro passado mas até hoje este não conseguiu formar o seu governo, devido à recusa dos partidos e grupos políticos em integrar o executivo.