O vinho Periquita é comercializado pela José Maria da Fonseca, um dos líderes nas áreas da produção e comercialização de mais de 30 marcas de vinhos, presente em mais de 70 países (cerca de 70% da produção é destinada para exportação). Atualmente gerida pela sexta e sétima geração, a José Maria da Fonseca tem sabido preservar a sua herança, enquanto se moderniza, sem perder o foco da exigência e qualidade que a caracteriza.

Fundada há mais de 180 anos, continua a ser uma empresa familiar, a gerir um imenso portfólio de marcas  de vinhos de mesa, generosos e licorosos, de cinco regiões diversas: Península de Setúbal, Alentejo, Douro, Dão e Vinhos Verdes. Destas, o Periquita é o que apresenta maior expressão de produção e comercial – mas não devem ser esquecidos outros famosos exemplares como Lancers, Alambre Moscatel de Setúbal e BSE.

Mas, para percebermos o génio por detrás da marca, teremos de regressar às origens, pois a génese do Periquita está intimamente ligada à história do seu criador: José Maria da Fonseca.

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No início era a vinha

Filho de um comerciante lisboeta, José Maria da Fonseca fez o bacharelato em matemática na Universidade de Coimbra e, logo de seguida, em 1834, estabelece-se em Vila Nogueira de Azeitão onde funda a empresa com o seu nome. Poucos anos mais tarde, quando Portugal vivia tempos conturbados com a Revolta da Maria da Fonte (que daria origem à Patuleia, verdadeira guerra civil), compra a propriedade Cova da Periquita, em Azeitão, e aí planta as primeiras uvas Castelão, casta trazida da região do Ribatejo. Corria o ano de 1846. Não se sabe se por tenacidade de quem a trouxe, se por características próprias da terra e do tempo, a casta provou ter uma enorme capacidade de se adaptar a condições ambientais diversificadas. A sua fama, bem como a qualidade do vinho a que deu origem, depressa saiu dos limites da quinta, levando os proprietários dos terrenos próximos a pedirem que lhes cedesse alguns pés para que também eles a plantassem.

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De medalhas ao peito

Desconhece-se o ano exato da primeira colheita mas, em 1850, o Periquita já existia e, em 1884, quando morre o fundador, a José Maria da Fonseca exibe orgulhosamente inúmeros prémios (como as medalhas de ouro nas Exposições Universais de Paris, Berlim e Barcelona), bem como a Ordem da Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito às “instalações vinárias” conferida pelo Rei D. Pedro V (1857).

https://www.youtube.com/watch?v=IkJiNJibMp0&feature=youtu.be

Este foi um dos primeiros vinhos a ser engarrafado pois, de acordo com o fundador, era uma forma de evitar adulterações e, em simultâneo, promover a imagem de marca dos produtos da casa José Maria da Fonseca – uma preocupação que vem de longe e ainda hoje se mantém. Se no séc. XIX, a concepção e a impressão dos rótulos foi dada a um artista parisiense, mais recentemente o rebranding da marca veio reforçar a portugalidade deste vinho. O rótulo apresentado em 2018 traz algumas novidades, como o reforço da marca “umbrela” José Maria da Fonseca – símbolo de mérito e qualidade; a assinatura do enólogo Domingos Soares Franco, que confere legitimidade e relevância; e a recuperação do brasão da Ordem de Torre e Espada, concedida por D. Pedro V, que enobrece a marca.

Periquita: marca registada

Já por diversas vezes comprovado, os sucessores de José Maria da Fonseca herdaram os seus largos horizontes e a capacidade de fazerem frente às adversidades. E, se é de ciclos que a economia vive, a família tem sabido manobrar neste mar revolto. A uma fase menos favorável no final dos anos 20 do séc. XX, seguiu-se outra de crescimento, à qual a empresa respondeu com o registar da marca Periquita, em 1941, tornando-se esta a mais antiga marca portuguesa de vinho de mesa comercializada.

Em 1970 é criado o Periquita Reserva, uma designação conferida a anos de reconhecida qualidade e, a 31 de maio de 1993, é realizada a primeira reunião da Confraria do Periquita, repetida desde essa data a cada ano par na Vila Nogueira de Azeitão (nas instalações da José Maria da Fonseca). Em 2016 reuniu mais de 230 membros de 14 países diferentes, que se mantêm fiéis ao objetivo primeiro: “promover o prestígio e a tradição do vinho Periquita, divulgar as suas características singulares de aromas e sabores e proporcionar momentos de glória a todos os seus apreciadores”.

Em evolução constante

Chegamos ao séc. XXI e é tempo de apresentar o Periquita Branco, lançado em 2004. Três anos mais tarde abre-se espaço para o Periquita Rosé e para o renovado Periquita Reserva (colheita de 2004). O ano de 2012 é rico em acontecimentos: é realizada uma mudança na imagem do Periquita e da José Maria da Fonseca e é lançado o Periquita Superyor (colheita de 2008). Concebido como homenagem de Domingos Soares Franco ao fundador da empresa, que  tão bem soube casar a casta e a região, este Castelão Francês de Vinhas Velhas, foi pisado a pés, estagiou 14 meses em barricas novas de carvalho francês e arrecadou inúmeros prémios.

A caminho dos 200 anos de existência, a José Maria da Fonseca não envelhece, antes se renova continuamente, seguindo uma filosofia de permanente desenvolvimento.

Vinhos da Família Periquita

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  • Tinto – o embaixador da Portugalidade, o mais antigo vinho de mesa a ser comercializado em Portugal.
  • Branco – criado a partir das castas Verdelho, para a complexidade aromática; Viognier, para a estrutura e Viosinho, para a acidez e frescura.
  • Rosé – criado a partir das castas Castelão, Aragonês e Touriga Nacional, com um perfil aromático bastante frutado, acompanha idealmente uma refeição informal de saladas, pastas ou mariscos. Também pode ser servido como aperitivo.
  • Reserva – é herdeiro da verdadeira tradição da marca Periquita e uma visão de futuro. Combinaram-se as castas Castelão, Touriga Nacional e Touriga Francesa para dar ao vinho um perfil frutado e complexidade.
  • Periquita Superyor – O Expoente máximo do Castelão Francês. Este vinho é a homenagem de Domingos Soares Franco ao feliz encontro entre casta e região, proporcionado pelo fundador desta empresa.

Num contínuo movimento a caminho do progresso, desde 2015 que a José Maria da Fonseca tem a sua própria distribuidora, no seguimento de uma estratégia de conquista de vendas no mercado nacional.

Também a sua aposta na investigação e em processos de produção, que aliam as mais modernas técnicas ao saber tradicional, tem sido uma estratégia vencedora. Na Adega José de Sousa, em Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, a tradição romana de fermentar em potes de barro mantém-se a par da última tecnologia. E, na Quinta da Bassaqueira, em Azeitão, construiu um dos mais modernos centros de vinificação da Europa, com uma capacidade de 6,5 milhões de litros. Desta forma, não só dá resposta às necessidades deste exigente mercado, como contribui de forma decisiva para a divulgação e prestígio dos vinhos nacionais e do nosso país.

Números

  • 100% empresa familiar
  • 7        Gerações
  • 70    Países – presença em mercados
  • 650ha – área de vinha
  • + de 30 marcas JMF
  • 202    Trabalhadores

É disso, aliás, que se fala na nova campanha de comunicação do Periquita, um vinho que se comporta como um verdadeiro embaixador do nosso país. Numa campanha que se quer emotiva, transporta-se o consumidor numa viagem pela História e por momentos que acompanham a vida do país e da empresa, e cujo slogan é precisamente “À nossa mesa desde 1850”.

Deixemos agora que os nossos copos se encham deste delicioso néctar. Vamos erguê-los bem alto e brindemos ao que o futuro nos reserva.

Descubra mais em  www.periquita.pt