O local onde se vai realizar a próxima edição do Festival da Eurovisão ainda não está fechado. Daí que a organização esteja a alertar os fãs, através da página oficial do evento, para não reservarem ainda os voos para Israel, país que venceu a última edição em Lisboa.

“Já estás à espera da próxima Eurovisão? Nós também! Mas ainda não reserves o teu voo, pois serão dadas informações oficiais sobre o local e a data”, escreveu a União Europeia de Radiotelevisão (EBU), a entidade organizadora do evento de música.

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Netta Barzilai foi a grande vencedora do concurso, que este ano se realizou em Lisboa, e desde o momento da vitória todos apontaram Jerusalém como a cidade escolhida para acolher o evento em 2019. As regras ditam que o país vencedor organiza o festival no ano seguinte, mas a polémica em relação ao local instalou-se.

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Segundo o jornal israelita Haaretz, a EBU – que rejeita conotações políticas ao festival – receia que o contexto vivido em Israel possa ser prejudicial  para a realização do evento, especialmente em termos de segurança. O conflito israelo-palestiniano e a recente transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém, que decorreu em simultâneo com os conflitos na Faixa de Gaza, dividem as opiniões sobre a organização da Eurovisão em território israelita e sobre a escolha da cidade anfitriã.

Jerusalém ou Tel Aviv? Esta é uma questão que continua sem resposta e está no centro da polémica. A maior parte da comunidade internacional reconhece Tel Aviv como a capital israelita, pela sua neutralidade nos conflitos, mas a retirada da embaixada dos Estados Unidos da cidade mostra o apoio da Casa Branca no reconhecimento de Jerusalém como a capital.

Israel já organizou o Festival da Eurovisão duas vezes (1979 e 1999), e ambas em Jerusalém, mas já na última edição tinha surgido alguma polémica em relação ao local do evento.