O comércio externo de Macau cresceu 22,8% nos primeiros seis meses do ano e atingiu 49,64 mil milhões de patacas (5,25 mil milhões de euros), indicam dados divulgados esta terça-feira. De acordo com a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), Macau exportou até junho bens avaliados em 6,20 mil milhões de patacas (656 milhões de euros) — mais 10,2% do que em igual período de 2017.

No período em análise, a reexportação (exportação de produtos anteriormente importados), cresceu 13,9% para 5,39 mil milhões de patacas (570,5 milhões de euros). Já a importação de mercadorias cresceu 24,8% para 41,45 mil milhões de patacas (4,39 mil milhões de euros).

Por conseguinte, o défice da balança comercial atingiu 37,25 mil milhões de patacas (3,94 mil milhões de euros), indicou a DSEC. A China continental reafirmou-se como o segundo maior mercado, para onde foram exportadas mercadorias no valor de mil milhões de patacas (105 milhões de euros), uma subida de 9,5% em termos anuais.

As exportações para as nove províncias do Delta do Rio das Pérolas, vizinhas de Macau, no sul do gigante asiático, representaram quase 98% desse valor. Também as vendas para Hong Kong (3,9 mil milhões de patacas) e para a União Europeia (107 milhões de patacas) registaram, no primeiro semestre, uma subida de 11,9% e 5,6%, respetivamente.

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Nos primeiros seis meses de 2018, os valores exportados para os países de língua portuguesa e para os países inseridos na iniciativa “Uma Faixa, uma Rota” (com exceção da China) cresceram 3,6 e 83,4%, respetivamente. Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa, avaliada em 900 mil milhões de dólares, visa reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.

Já do lado das importações, Macau comprou à China produtos no valor de 14,95 mil milhões de patacas (1,58 mil milhões de euros) — mais 30,2% em termos anuais, e à União Europeia bens avaliados em 11,06 mil milhões de patacas (1,17 mil milhões de euros). A mesma tendência foi verificada nas importações de mercadorias dos países de língua portuguesa (393 milhões de patacas ou 41,6 milhões de euros) dos países integrantes da iniciativa chinesa “Uma Faixa, uma Rota”, que cresceram 28,3% e 21,6%, respetivamente.

Durante este período, os valores importados de telemóveis (3,75 mil milhões de patacas), de combustíveis e lubrificante (3,41 mil milhões de patacas) e materiais de construção (1,09 mil milhões) cresceram, respetivamente, 96,7%, 17% e 23,1%.