O sindicato que representa os pilotos irlandeses da Ryanair disse esta sexta-feira que a companhia aérea “não tem experiência” em relações laborais, sendo exemplo disso a greve que decorre até à madrugada de sábado em cinco países.

Os pilotos da Ryanair das bases na Holanda, Alemanha, Irlanda, Suécia e Bélgica cumprem esta sexta-feira uma greve de 24 horas, a quinta desde meados de julho convocada pela Associação de Pilotos Irlandeses de Linhas Aéreas (IALPA), filiada no sindicato Fórsa.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/ryanair/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”425″ slug=”ryanair” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/ryanair/thumbnail?version=1533217916467&locale=pt-PT&publisher=observador.pt” mce-placeholder=”1″]

Em comunicado, o Fórsa sublinha que a Ryanair respondeu à ação com “agressividade” e falando em despedimentos e reduções de pessoal nas suas operações.

Porém, para o Fórsa, a reação da empresa serviu antes “para reforçar a determinação” dos trabalhadores na luta pelos seus direitos, ao mesmo tempo que demonstrou a “falta de experiência [da companhia aérea] em matéria de relações laborais”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Na nota, o Fórsa lamenta também que a transportadora aérea tenha classificado os pilotos em greve de “casos isolados”, garantindo também que está a ter sucesso em negociações “com outras estruturas sindicais de outras bases europeias”, depois de, em dezembro, ter assumido a intenção de reconhecer sindicatos independentes.

O facto de a empresa estar agora a enfrentar paralisações em quatro outros países [além da Irlanda], bem como greves da tripulação de cabine, como a de há duas semanas, mostra que isso não é verdade”, vinca o Fórsa.

Na segunda-feira, a IALPA vai, contudo, voltar às tentativas de diálogo com a Ryanair, depois de ter aceitado que um mediador independente oriente o processo.

Relativamente à greve em curso, a companhia de baixo custo garantiu que vai realizar 85% dos voos programados para esta sexta-feira, enquanto os sindicatos referem que 67 mil passageiros são afetados pelo protesto.

Os sindicatos de pilotos avançaram para a paralisação numa tentativa de pressionarem a administração a aumentar os salários e a melhorar as condições de trabalho. A greve começou às 04h01 (hora de Lisboa) e terminará no sábado, às 03h59.

Na semana passada, tripulantes de cabine de Itália, Portugal, Espanha e Bélgica estiveram em greve para reclamar, nomeadamente, a aplicação das leis laborais nacionais e não da irlandesa.