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Trocar aos três e acabar aos cinco é normal no Dragão, mas não na jornada inaugural do Campeonato

Este artigo tem mais de 5 anos

FC Porto goleou por 5-0 na estreia no Campeonato Nacional, 31 anos depois, num jogo onde chegou ao 3-0 no primeiro tempo e carimbou a vitória de mão cheia já no segunda parte.

Aboubakar e Brahimi: a dupla africana não desaprendeu com as férias e continua a dar fogo ao ataque do dragão
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Aboubakar e Brahimi: a dupla africana não desaprendeu com as férias e continua a dar fogo ao ataque do dragão

AFP/Getty Images

Aboubakar e Brahimi: a dupla africana não desaprendeu com as férias e continua a dar fogo ao ataque do dragão

AFP/Getty Images

A história desenhou-se com Aboubakar e repetiu-se com Brahimi: não foi à primeira, nem à segunda, foi à terceira. E se não entrasse logo, entraria pouco depois. Era esta a ideia com que se ficava ao ver o arranque do FC Porto nesta Liga NOS, onde se estreou como campeão nacional, cinco anos depois da última conquista, e se mostrava disposto a provar que a melhor maneira de defender o título que ostenta é aquela em que se sente mais confortável: a atacar.

Foram sete remates, dois golos de Aboubakar e um sem fim de arrancadas e cruzamentos perigosos, só nos primeiros 20 minutos. Depois, lá para a meia hora, deu para recarregar baterias para voltar a massacrar no segundo tempo, não sem antes Brahimi sentenciar a partida, em cima do intervalo. Com o 3-0 do argelino, ao minuto 45, o mais provável era a goleada consumar-se. Pelo menos, assim o diziam os números das duas últimas vezes em que os dragões tinham chegado ao intervalo a vencer por 3-0, fechando sempre o marcador aos cinco. Os dragões voltaram a trocar aos três e a acabar aos cinco, com Corona e o estreante Marius a selarem o 5-0 final, que não acontecia num jogo de estreia há 31 anos.

Ficha de jogo

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FC Porto-Desp. Chaves, 5-0

1.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)

FC Porto: Casillas; Felipe, Diogo Leite, Maxi, Alex Telles; Herrera, Otávio (Adrián, 74), Sérgio Oliveira; Brahimi, Aboubakar ( Marius, 81′)e André Pereira (Corona, 67′)

Suplentes não utilizados: Vaná, Chidozie, Óliver Torres e Hernâni

Treinador: Sérgio Conceição

Desp. Chaves: Ricardo; Brigues, Maras, Marcão e Luís Martins; Filipe Melo, Eustáquio, Bruno Gallo (João Teixeira, 75′); Avto, Ghazaryan (Niltinho, 66′) e William (Platiny, 79′)

Suplentes não utilizados: António Filipe, Nuno Coelho, Jefferson e Djavan

Treinador: Daniel Ramos

Golos: Aboubakar (14′ e 20′), Brahimi (45′), Corona (71′) e Marius (88′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Eustáquio (50′) e Luís Martins (58′). Cartão vermelho a João Teixeira (80′)

A formação de Sérgio Conceição repetiu a fórmula utilizada em muitas partidas da temporada passada, entrando a todo o gás para resolver o jogo cedo e gerindo a posse no meio-campo adversário, no que resta do encontro. E nem a ausência de Marega e Soares (o brasileiro deverá estar fora cerca de três meses) tiraram capacidade ofensiva aos dragões no embate frente aos transmontanos. O reforço Mariu estreou-se pelos azuis e brancos no decorrer da segunda parte, mas na frente de ataque titular surgiam André Pereira e Aboubakar, sedentos por mostrar serviço. O camaronês, em particular, esteve endiabrado durante todo o primeiro tempo e foi, a par de Brahimi, um dos principais responsáveis pela avalanche ofensiva azul e branca. Ainda mal Nuno Almeida tinha apitado para o início do encontro, já o argelino lançava Aboubakar, que não conseguiu receber e desperdiçou a primeira oportunidade dos campeões nacionais.

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Mas mais viriam logo de seguida, novamente com o camaronês como protagonista, no segundo de quatro remates feitos pelo avançado em 20 minutos. Brahimi, por duas vezes, e André Pereira fizeram os restantes três que contabilizaram uma verdadeira avalanche ofensiva dos dragões no início da partida. E se Aboubakar das duas primeiras vezes falhou o alvo, à terceira lá acertou e sem hipóteses para Ricardo. Mas meio golo é de André Pereira: com uma simulação, o português deixou o camaronês na cara do golo e viu o domínio azul e branco materializar-se no marcador.

É que o Desp. Chaves ainda não tinha feito qualquer remate. Na realidade, nem faria até ao minuto 56, onde não acertou no alvo. Foram três remates dos flavienses em todo o jogo, contra quatro de Aboubakar antes da meia hora. E ao quarto tiro, o segundo golo: o camaronês, que não marcava desde fevereiro, chegava ao bis na sequência de uma assistência de Otávio, a segunda no encontro.

[Clique nas imagens para ver os golos do FC Porto-Desp. Chaves]

Por esta altura, se perguntassem nas bancadas do Dragão quem era Marega, poucos adeptos se lembrariam. Mas Brahimi sim, esforçava-se por não sair da memória nem da retina dos aficionados e atirava por duas vezes bem perto do alvo, imitando o autor dos dois primeiros golos: não foi à primeira, nem à segunda, lá entrou à terceira. Tabela entre Brahimi e Aboubakar a fazer lembrar o golo do argelino na Supertaça e tiro certeiro para o 3-0 com que se iria para o descanso.

A partir daí, o FC Porto tinha a vitória na mão. O Desp. Chaves não causava perigo e ou muito mudava na formação de Daniel Ramos ou o mais provável era a profecia cumprir-se: as últimas duas vezes que o FC Porto vencia 3-0 ao intervalo no Dragão, descansavam aos três e finalizavam aos cinco. E os dragões reentraram como no primeiro tempo, em busca de mais golos. Aboubakar ficou perto do hat-trick ao quinto e sexto remates, mas ficou-se pela intenção. Pelo meio, o Desp. Chaves fazia o primeiro remate da partida, perto da hora de jogo.

Corona, recém-entrado, demorou menos tempo do que os companheiros para marcar golo. E desperdiçou menos tentativas: se o primeiro remate foi às malhas laterais, o segundo foi para o fundo das redes, depois de recuperar a bola e correr em diagonal em direção à glória. E foi rápido a fazê-lo, com dois remates em quatro minutos dentro de campo a resultarem num golo. Daí para a frente deu para tudo, até para João Teixeira ser expulso por entrada dura sobre Sérgio Oliveira. Os dragões trocaram a bola com naturalidade, em busca de um quinto golo que, a surgir, não chocaria ninguém. Adrián Lopez tentou encher a mão, mas foi o estreante Marius quem chegou aos cinco dedos de golos. O cruzamento de Maxi encontrou um remate acrobático de Sérgio Oliveira, que foi direito à cabeça do jovem do Chade, só parando na festa azul e branca.

Estava feito o 5-0 que vinha anunciado desde a primeira parte, com o golo de Brahimi, e igualada uma entrada no Campeonato que não acontecia desde 1987, quando o FC Porto goleou o Belenenses por 7-1. Os campeões nacionais começaram a defesa do título ao ataque e despacharam o Desp. Chaves com uma goleada de mão cheia que não podia dar mais esperanças aos adeptos azuis e brancos na conquista do bicampeonato. Trocar aos três e acabar aos cinco já se torna normal no Dragão, mas não o era na jornada inaugural do Campeonato. 

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