A indústria extrativa foi o setor que mais cresceu na economia moçambicana durante o primeiro semestre, subindo 15,7% face ao período homólogo, de acordo com os mais recentes dados oficiais, consultados esta quarta-feira pela Lusa. O crescimento ficou a dever-se sobretudo ao aumento da produção de carvão, lê-se no balanço semestral do Plano Económico e Social do Governo, disponibilizado pelo Ministério da Economia e Finanças.

A exploração de pedras preciosas e outros minerais registou também taxas de crescimento assinaláveis, entre 18% e 70%, face ao mesmo período de 2017. Pela negativa, o documento aponta o decréscimo registado nos setores de construção, eletricidade e água causado pela crise hidrológica que afetou a região subsaariana.

Como resultado, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de 3,3% face ao período homólogo de 2017 – em junho, o Instituto Nacional de Estatística (INE) havia anunciado 3,2%. O Plano Económico e Social do Governo estabelece como meta um crescimento de 5,3% para este ano.

Ao detalhar a atividade extrativa, o documento explica que o carvão de coque registou um crescimento homólogo de 45% e o carvão térmico alcançou uma subida de 121%, “decorrente da retoma da Mina de Benga e devido à demanda externa na Ásia”. Relativamente a minerais metálicos, “todos tiveram uma produção satisfatória relativamente a igual período de 2017, com destaque para o ouro” com um crescimento homólogo de 260%.

O salto justifica-se com “a entrada na fase de produção de novas empresas na província de Manica, com a melhoria na captação de informação do setor e com o bom desempenho da empresa Kenmare, na província de Nampula”. Os minerais mão metálicos registaram igualmente um incremento, “influenciado pelo início da produção de grafite no distrito de Balama”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR