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À Varanda, o presidente viu o capitão ligar o turbo do motor leonino (a crónica do Sporting-Marítimo)

Este artigo tem mais de 5 anos

Sporting iniciou defesa da Taça da Liga com vitória folgada sobre o Marítimo (3-1). Na estreia de Frederico Varandas como presidente, Bruno Fernandes voltou aos velhos tempos e bisou.

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Filipe Amorim

Filipe Amorim

O Sporting está na casa de partida da Taça da Liga e quer chegar à casa de chegada com o mesmo Monopólio da temporada passada. Em Braga, a formação leonina, então comandada por Jorge Jesus, derrotou o V. Setúbal nas grandes penalidades (depois de ter feito o mesmo com o FC Porto nas meias finais) e levantou pela primeira vez o troféu. De lá para cá, muita coisa mudou. Saiu Jorge Jesus, saíram jogadores unilateralmente e saiu Bruno de Carvalho.

Com o novo presidente do clube, Frederico Varandas, pela primeira vez na tribuna, José Peseiro terá pensado nas palavras que lhe nortearam a antevisão da partida: “Temos de trabalhar para conquistar este troféu mais uma vez. O Sporting tem essa responsabilidade em todas as provas, mas nesta é detentor e quer repetir. Os outros clubes também querem ganhar, o próprio Marítimo também quererá estar na fase final, e o seu treinador já disse que vinha com a melhor equipa“.

Talvez sugestionado por essa crença de que os insulares se apresentariam em Alvalade próximos da máxima força, Peseiro apostou num onze conservador. Não promoveu a estreia de Renan, nem de Gudelj, tão pouco de Diaby. Estreias no onze só mesmo dos cromos já vistos: Bruno Gaspar, que tinha rendido Raphinha, já nos descontos, no dérbi da Luz — e, sobretudo, Jovane Cabral. O jovem extremo tem protagonizado um percurso em crescendo com o leão ao peito: primeiro cavou um penálti com o Moreirense, depois fez uma assistência com o V. Setúbal, e, finalmente, salvou o Sporting de um empate frente ao Feirense com um golo decisivo. Entretanto, renovou contrato até 2023 e José Peseiro renovou a confiança no jogador para ocupar o lugar do lesionado Nani.

Ficha de Jogo

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Sporting-Marítimo, 3-1

1.ª jornada do grupo D da Taça da Liga

Estádio José Alvalade

Árbitro: Manuel Mota

Sporting: Salin; Bruno Gaspar, Coates, André Pinto e Jefferson; Raphinha (Diaby, 89′), Bruno Fernandes, Battaglia e Acuña (Gudelj, 71′); Montero e Jovane (Wendel, 70′).

Suplentes não utilizados: Renan, Ristovski, Petrovic e Castaignos.

Treinador: José Peseiro

Marítimo: Charles; Bebeto, Zinadine, Africo e China; Correa, Fabrício, Jean Cléber e Barrera (Edgar Costa, 65′); Rodrigo Pinho (Joel Tagueu, 65′) e Danny.

Suplentes não utilizados: Abedzadeh, Marcos Silva, Rúben Ferreira, Gamboa e Ioannidis.

Treinador: Cláudio Braga

Golos: Raphinha (28′), Bruno Fernandes (54′, g.p. e 62′) e Correa (60′)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para André Pinto (20′), Bruno Fernandes (28′), Acuña (62′) e Fabrício (78′). Cartão vermelho para Lucas Áfrico (90′)

Curiosamente, Jovane não entrou a carburar ao ritmo habitual. De pés trocados com Raphinha — e, por isso, encostado à esquerda –, o jovem leão falhou duas finalizações nos instantes iniciais. No extremo oposto, o brasileiro respondeu com duas oportunidades: um remate à meia volta que terminou nas malhas laterais (4′) e um tiro de primeira depois de um amortecimento com o peito de Montero que saiu por cima das redes de Charles (11′). Bruno Gaspar parecia que já ali andava há muito tempo, tão bem combinava com Raphinha nas ações ofensivas: um cobria a zona interior, o outro avançava pela linha.

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Tal como o Sporting, também o Marítimo tinha na asa direita a principal via para incomodar o ex-insular Salin — e para dar dores de cabeça a Jefferson, que não teve mãos a medir. Primeiro, Bebeto e Correa ameaçaram as redes leoninas a dois tempos — valeram o guardião leonino e André Pinto nos cortes — e depois o mesmo Bebeto encostou-se à ala e desferiu um pontapé que era meio cruzamento, meio remate e que obrigou Salin a elevar-se até à barra.

O Sporting tinha mais bola, mais oportunidades, conseguia condicionar bem a saída de bola insular, mas nem por isso deslumbrava — o que tem sido, aliás, a tónica desta temporada. Bruno Fernandes parecia continuar a ser uma sombra de si próprio — bem longe da exibição com o Moreirense — mas o médio tentou (e conseguiu) sacudir as exibições pálidas, voltando a carregar a equipa às costas. Deu sequência à recuperação de Jovane Cabral, solicitou a entrada de Raphinha e o brasileiro coroou a boa exibição com um golo — o primeiro com a camisola do Sporting, 226 minutos depois.

Mesmo em cima do intervalo, o brasileiro ainda tentou colocar a cereja em cima do bolo com um enorme passe a rasgar a defensiva martimista. Montero estava ali mesmo à mão de semear, na zona central, mas a bola bateu-lhe nos pés e fugiu descontrolada para longe da baliza de Charles. As duas equipas seguiam para o descanso sem terem muito para descansar — o primeiro tempo desenvolveu-se num ritmo muito lento.

No regresso dos balneários, o Marítimo parecia determinado em inverter o resultado e o Sporting em controlá-lo — dando, inclusive, a iniciativa ao adversário, explorando mais o contra-ataque. Mas a tendência inverteu-se graças a Jovane Cabral. Mesmo estando uns furos abaixo das últimas exibições, o extremo recebeu de Jefferson, ligou o turbo e furou pela área insular, “obrigando” Lucas Áfrico a derrubá-lo. Manuel Mota não hesitou, levou o apito à boca e assinalou grande penalidade. O capitão Bruno Fernandes encarou a baliza com frieza e apontou o 2-0 de forma exemplar.

Mas lembra-se de Correa, que tinha dado dores de cabeça ao Sporting no primeiro tempo? O argentino voltou a ameaçar Salin com um pontapé-bomba — que obrigou o guardião a ir ao segundo andar dar uma palmada na bola — e, praticamente na jogada seguinte, conseguiu mesmo reduzir, dando a melhor sequência a uma jogada criada e executada por Danny.

Alimentava-se a esperança insular, mas Bruno Fernandes logo tratou de a esvaziar. O médio renovou as pilhas, voltou a ser o motor leonino e, no lance seguinte, recebeu à entrada da área, tirou dois adversários do caminho e bateu Charles — voltando a ampliar para dois golos a vantagem verde e branca.

Os dois “suspeitos do costume” na partida, Raphinha e Bruno Fernandes, ainda voltaram a ameaçar Charles e, já com Gudelj e Diaby em campo para as estreias que pareciam prometidas para o começo, o Sporting geriu o jogo e conseguiu trepar para a liderança do grupo G. Está agora mais perto da tal casa de chegada onde pode (re)conquistar o Monopólio da prova.

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