Depois do Ateca e do Arona, chegou a vez do Tarraco. Prosseguindo uma ofensiva de produto sem precedentes na sua história, a Seat acaba de apresentar aquele que é o terceiro e maior elemento da sua família de SUV. E também o seu novo topo de gama, a quem está reservada a missão de dotar os cofres do construtor de Martorell com margens de lucro mais generosas.

Com 4,735 mm de comprimento e 1,658 mm de altura (a largura não foi revelada), o Tarraco recorre à mesma base do Tiguan Allspace e do Skoda Kodiaq, a plataforma MBQ-A com arquitectura de longa distância entre eixos. Promete, por isso, uma óptima habitabilidade, podendo ser adquirido com cinco ou sete lugares, consoante o cliente pretenda um veículo para levar toda a família e alguns amigos, ou privilegie uma maior volumetria da bagageira.

Tratando-se do modelo mais requintado na oferta do fabricante espanhol, ao novo SUV coube também inaugurar uma nova imagem, apontando a direcção que vai tomar o estilo dos futuros Seat. Entre as diferenças, destaque para a grelha frontal, que passa a estar mais proeminente, e para os faróis, que mantêm a assinatura triangular da marca mas parecem estar mais integrados na carroçaria. Aliás, em termos de iluminação, tudo neste SUV é tecnologia 100% LED de série, tanto no exterior como no interior, e em qualquer um dos dois níveis de equipamento disponíveis (Xcellence e Style). E isso, atrás, permite por exemplo que este Seat exiba indicadores de mudança de direcção traseiros dinâmicos.

No interior, o que mais se evidencia é a linha horizontal que se prolonga do tablier, reforçando a sensação de largura do Tarraco e de espaço a bordo. Um ecrã flutuante HMI de 8” permite o acesso dos passageiros às opções de conectividade, ao passo que o condutor tem ao seu serviço o Cockpit Digital Seat de 10,25”.

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Em termos de ajudas à condução, o porta-estandarte espanhol eleva a segurança a um novo patamar na oferta da Seat, ao incluir chamada de emergência, assistente de pré-colisão e detector de capotamento. Isto para além dos já mais habituais Lane Assist (manutenção da faixa de rodagem) e Front Assist (assistente de travagem em cidade) com reconhecimento de bicicletas e de peões, que são fornecidos de série na Europa.

Ao design e funcionalidade, o Tarraco promete aliar conforto, qualidade e espírito desportivo, com a Seat a garantir que este modelo, embora capaz de transportar “este mundo e o outro”, consegue também ir ao encontro das expectativas dos condutores que apreciam uma “dinâmica mais envolvente”. A contribuir para tal está o sistema Dynamic Chassis Control (DCC), assegurando que o Tarraco ora pode assumir uma atitude mais desportiva, ora pode oferecer o máximo conforto no rolamento. O sistema faz automaticamente essa gestão, mas o condutor, se quiser, também pode ter uma palavra a dizer na afinação que pretende, ajustando-a à estrada que tem pela frente ou ao ritmo a que quer seguir viagem.

Lá mais para a frente, o Tarraco vai beneficiar de sistemas de propulsão com tecnologia alternativa. Mas para já, quando chegar ao mercado (já no início do próximo ano), será proposto apenas com motorizações ‘convencionais’. A oferta compõe-se de dois motores a gasolina e outros tantos diesel, todos eles com injecção direta, sobrealimentação e tecnologia start-stop.

A gasolina, a versão de entrada fica entregue ao quatro cilindros de 1,5 litros TSI (150 cv), acoplado a uma caixa manual de seis velocidades e tracção dianteira. Já o mais potente 2.0 litros (190 cv) conjuga-se com uma transmissão automática de sete velocidades DSG e sistema de tracção integral 4Drive. A gasóleo teremos o 2,0 litros TDI, com 150 ou 190 cv. A declinação mais possante só estará disponível com a combinação 4Drive/caixa DSG de sete velocidades, enquanto o 2,0 litros de 150 cv pode associar-se a uma caixa manual de seis relações e tracção dianteira ou, em alternativa, a uma caixa de sete velocidades DSG com sistema 4Drive.