A Polícia Judiciária está a efetuar buscas na Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, nos Açores, escreve o Jornal de Notícias.

O presidente Ricardo Rodrigues (PS) foi constituído arguido por crimes de participação económica em negócio e abuso de poder, de acordo com a revista Sábado. Em causa está a concessão de um estabelecimento de restauração, que terá sido construído com fundos da autarquia, cedida a uma associação que pertence ao irmão do presidente da autarquia. As buscas também estão a ser feitas na casa do autarca e na casa do seu irmão, Luís Rodrigues.

O espaço de restauração em causa resulta de uma obra camarária no valor de 90 mil euros, acrescenta ainda a Sábado, despesa que não foi inscrita no Orçamento para 2018. A associação à qual foi cedida a concessão — “por despacho direto do presidente da Câmara” — pertence também ao marido da vereadora socialista Nélia Guimarães. A Associação Amigos de Vila Franca do Campo foi fundada um mês e meio antes da abertura do concurso público.

Em junho de 2012, Ricardo Rodrigues foi condenado por atentado à liberdade de imprensa e de informação, bem como ao pagamento de uma multa de quase 5.ooo euros, por ter levado, no decorrer de uma entrevista, os gravadores dos jornalistas da Sábado.

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