A poucos meses de apresentar a nova geração do Clio, a Renault introduz no mercado português uma nova motorização para o compacto citadino que, segundo a própria marca, é das que mais vantagens encerra no que diz respeito aos custos de utilização. Trata-se do TCe 90 Bi-Fuel, que combina o já conhecido motor a gasolina TCe 90 com a tecnologia GPL.

Igual aos demais, aquilo que distingue o Clio Bi-Fuel é o facto de possuir dois depósitos de combustível (gasolina com 45 litros e GPL com 33,6 litros) e dois sistemas de injecção específicos. O arranque ocorre sempre através da combustão de gasolina, mas assim que o motor atinge uma determinada temperatura, automaticamente passa a funcionar a GPL. O inverso acontece quando o depósito GPL fica vazio, mas sempre com a mudança a processar-se de forma quase imperceptível.

Proposta “pelo competitivo preço de 18.110€” e associada ao nível de equipamento Limited (intermédio), esta motorização assume-se como uma alternativa mais interessante do que as equivalentes a gasolina (TCe 90) e a gasóleo (dCi 90), porque os inferiores custos de utilização permitem rapidamente compensar o investimento adicional de 1.250€ (face ao gasolina). De acordo com a Renault, a racionalidade desta escolha tem saldo positivo logo após os primeiros 35.000 km “graças ao preço do GPL, cujo custo por litro é, nesta altura, menos de metade do que o da gasolina”. Estima a marca que, ao fim de 50.000 km percorridos, a versão Bi-Fuel aporta uma “poupança na ordem dos 500€ e de cerca 2.200€ assim que forem cumpridos os 100.000 km”.

Esgrimindo exactamente os mesmos argumentos do Clio “normal” e que fazem deste modelo um bestseller, o Bi-Fuel oferece ainda total garantia de qualidade, fiabilidade e segurança, na medida em que a adaptação GPL é realizada nas fábricas Renault e homologação ocorre na primeira montagem, como determina a regulamentação europeia. “A garantia do fabricante é idêntica à garantia Renault, tanto para o GPL como para os restantes motores da gama”, lê-se no site da marca, onde também se esclarece que esta versão segue um programa de manutenção igual ao da gasolina.

Livre do discriminatório dístico azul, o GPL pode ser reconhecido como alternativa inteligente, em termos de economia de utilização, mas ainda haverá quem o encare como uma opção pouco segura. Se é esse o seu caso, tenha presente que neste Clio o depósito (em aço) do GPL é seis vezes mais espesso do que um depósito tradicional. E a isso há que somar uma válvula anti-retorno, um limitador de enchimento, um limitador de caudal, uma electroválvula e uma válvula de segurança de “caudal elevado” – cinco componentes que visam, precisamente, incrementar a segurança.

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