O nomeado para procurador-geral dos EUA, William Barr, contrariou, esta terça-feira no Senado, a tese do presidente Donald Trump, segundo a qual a investigação russa é uma “caça às bruxas”.

William Barr — que está a ser ouvido no Senado, no âmbito da sua nomeação para o lugar de procurador-geral dos EUA — afirmou que a investigação do procurador especial Robert Mueller às suspeitas de conluio da equipa de Donald Trump com o governo russo, para interferência nas eleições de 2016, é legítima e que não acredita que se trate de “uma caça às bruxas”, como tem afirmado o Presidente.

“Sob a minha supervisão, Robert (Mueler) terá permissão para concluir o seu trabalho”, afirmou Barr, que, no seu lugar de Procurador-Geral (uma espécie de ministro da Justiça, nos EUA) tem a tarefa de validar as investigações dos procuradores especiais.

Na sua audiência no Senado, Barr disse que a investigação de Robert Mueller é “de importância vital” e deve ser concluída para “o interesse de todos: o Presidente, o Congresso e, mais importante, o povo americano”.

Estas declarações contrariam afirmações de Donald Trump que, repetidamente, tem acusado Robert Mueller de conduzir uma investigação “inútil”, tendo esta semana voltado a dizer que nunca trabalhou para o governo russo e que “nunca teve conhecimento de nenhum processo de conluio” entre a sua equipa de campanha presidencial e a Rússia.

William Barr já chefiou o Departamento de Justiça dos EUA, entre 1991 e 1993, sob a presidência de George W.H. Bush, e foi nomeado por Donald Trump para procurador-geral a 7 de dezembro, para substituir Jeff Sessions, demitido pelo Presidente.

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