No último ano, faltaram 64,1 milhões de embalagens de medicamentos pedidas por doentes em farmácias portugueses. O valor surge num relatório do Observatório dos Medicamentos em Falta do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (Cefar) da Associação Nacional de Farmácias (ANF), citado pelo jornal Correio da Manhã. Os números preocupam, tendo já originado a abertura de investigações da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) e da Autoridade da Concorrência, refere o CM.

O número de embalagens de medicamentos pedidas e em falta no ano de 2018 foi assim significativamente superior ao valor de do ano anterior, em que faltaram 48,3 milhões de embalagens de medicamentos (menos 15,8 milhões do que em 2018) aos doentes, de acordo com a mesma fonte.

Algumas das embalagens de medicamentos que os doentes não encontraram nas farmácias portuguesas no último ano são “considerados essenciais pela Organização Mundial de Saúde” (OMS) e colocam os doentes “em risco”, noticia o jornal diário. Além disso, uma parte muito significativa dos medicamentos em falta estará sujeita a receita médica.

Os medicamentos que mais faltaram aos doentes portugueses em 2018  foram o Sinemet (medicamento que combate a doença Parkinson), o Trajenta (que combate os diabetes) e o Aspirina GR (recomendado para doentes com tromboses e enfartes). Fonte do setor farmacêutico queixou-se ao CM que o abastecimento dos laboratórios às farmácias é “irregular” porque “os preços praticados em Portugal são dos mais baixos da Europa” e há uma “falta de liquidez das farmácias para fazer stock” (armazenamento).

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