As manifestações contra e a favor do governo de Nicolás Maduro que têm acontecido um pouco por toda a Venezuela desde o início da semana já deixaram 26 mortos e mais de 300 detidos.
A informação é avançada pelo Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais, uma ONG de defesa de Direitos Humanos, e diz respeito a uma contagem apenas com vítimas identificadas até às 14h00 locais (18h00 de Lisboa).
Entre as 26 mortes registadas, mais de um terço — um total de sete — ocorreu em Caracas (Distrito Capital). A seguinte, o sítio onde se registaram mais morte foi no estado de Bolívar, com cinco mortes. Segue Portuguesa, Táchira e Barinas, todas com três; Amazonas e Monagas com duas; e por fim Yaracuy com uma vítima mortal.
#24ENE Hasta las 2:00pm pm se confirman 26 personas asesinadas en protestas. Este balance solo incluye a víctimas con identificación confirmada.
1- Amazonas 2
2- Barinas 3
3- Bolívar 5
4- Distrito Capital 7
5- Portuguesa 3
6-Táchira 3
7- Monagas 2
8- Yaracuy 1#OVCS
— Observatorio de Conflictos (@OVCSocial) January 24, 2019
De acordo com o El Universal, a zona de Petare, em Caracas, foi um dos sítios onde os confrontos entre civis e militares foram mais fortes, sendo que um camião ardeu por completo. Foi também naquela zona da cidade que um grupo de 27 militares se amotinou e entrincheirou num quartel na segunda-feira, tendo depois sido todos detidos.
Também em Caracas, a polícia tomou o controlo da Avenida Baralt. Segundo o jornalista Roman Camacho, esse desenvolvimento deu-se depois de “indivíduos” terem lanaçado “um artefacto explosivo” a partir de um “veículo em movimento” em direção ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, ali localizado.
#Caracas Informan de presencia de funcionarios en la Av Baralt Alt Puente Llaguno. Sujetos desde un vehículo en movimiento habrían lanzado un artefacto explosivo hacia el estacionamiento de la cancillería. Autobus de la institución afectado. Autoridades en el sitio pic.twitter.com/bXkZHvS659
— Roman Camacho (@RCamachoVzla) January 25, 2019