As taxas de juro cobradas nos novos contratos de crédito à habitação voltam a descer em janeiro, representando metade do valor de há três anos e meio, avança o CM.
Em janeiro deste ano, a taxa atingiu 1,28% nos contratos celebrados nos últimos três meses. Este é o valor mais baixo desde janeiro de 2009, no ano em que os dados começaram a ser divulgados.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro dos novos créditos para compra de casa desceu 14,2 pontos base face a dezembro do ano passado. Em julho de 2015, a taxa atingia os 2,54%. A queda deve-se aos valores negativos das Euribor e à redução dos spreads — a margem de lucro dos bancos — cobrados na concessão dos empréstimos.
Relativamente aos juros dos empréstimos à habitação, os dados revelam duas realidades distintas. Se nos novos contratos — a três, seis e 12 meses — as taxas caíram face a dezembro, no conjunto de crédito há uma tendência diferente, já que desde agosto de 2016 que os juros não são tão altos.
Antes do regate da troika, os bancos praticavam juros baixos, com margens poucas décimas acima da taxa Euribor. Depois do resgate, as condições de crédito mudaram, com taxas superiores à dos contratos celebrados até 2010. Por estes motivos, a média dos juros de todos os contratos revela uma tendência de subida.
De acordo com os dados revelados pelo INE, em janeiro deste ano, os clientes com crédito à habitação deviam, em média, cerca de 52 mil euros ao banco. Este valor é superior em 128 euros face a dezembro de 2018. Mas, se o foco forem os contratos dos últimos três meses, o capital médio em dívida sobre para cerca de 98 mil euros.
No que toca ao valor médio da prestação vencida, considerando a tonalidade dos contratos, manteve-se em 244 euros. Desse total, 46 euros correspondem ao pagamento de juros, e 198 euros a capital amortizado.
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