Um grupo de arqueólogos encontrou cerca de 400 artefactos, na zona de Westfalen-Lippe — sapatos, botões, um livro de rezas, balas, moedas e, até, uma harmónica –, que pertenciam às mais de 200 pessoas que se acredita terem sido massacradas naquela região, nos últimos meses da Segunda Grande Guerra, em março de 1945.

A teoria, segundo o portal LiveScience, é que estes 208 cidadãos polacos e russos — homens, mulheres e crianças — estariam a ser transferidos de campos de concentração que havia naquela zona mas a intenção dos soldados era, afinal, executar as vítimas na floresta. Os arqueólogos estavam à procura de vestígios deste massacre, que já tinha sido descrito mas acerca do qual ainda não se tinham descoberto vestígios.

Perto do vale Langenbach, na área de Warstein, foram mortas 60 mulheres, 10 homens e uma criança. Foram encontrados vestígios também na zona de Eversberg, onde os arqueólogos acreditam que os soldados nazis abriram um buraco no chão usando granadas e, depois, executaram a tiro 80 pessoas, incluindo, também, uma criança.

Além destes locais, perto de Suttrop acredita-se que os prisioneiros foram obrigados a fazer as covas onde 57 pessoas acabariam por ser enterradas. Apenas 14 (das 208 pessoas) foram identificadas, até ao momento.

“Esta é uma parte da nossa história que temos de encarar de frente”, comentou o diretor da investigação, Matthias Löb, alertando contra a “trivialização” dos crimes do nazismo. Esta poderá ser uma referência a comentários feitos recentemente pelo líder do partido de extrema-direita AfD: “Hitler e os Nazis são apenas caca de pássaro em mais de 1.000 anos de História de sucesso na Alemanha”.

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