O exame teórico que permite a médicos estrangeiros ter equivalência ao curso de Medicina em Portugal foi realizado, em 2019, por mais de 700 candidatos, na sua maioria brasileiros. A prova teve vários erros que obrigaram à anulação de quatro perguntas e à alteração da chave de correção de outras quatro, escreve esta terça-feira o Diário de Notícias. Como consequência, vários médicos que tinham chumbado no exame ficaram, afinal, aprovados. O contrário também aconteceu na sequência da revisão dos erros.

Uma das quatro perguntas anuladas foi excluída no dia da prova. As restantes foram suprimidas depois de várias reclamações após as pautas provisórias terem sido publicadas em janeiro último. Com a revisão do exame, os candidatos passaram a ser aprovados com “56 ou mais respostas certas, a que correspondem 9.33 valores ou mais”, escreve aquele jornal, citando o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas.

O exame de escolha múltipla (com cinco opções de resposta para cada pergunta) é composto por um total de 120 questões — 40 sobre medicina interna, 20 sobre cirurgia geral, 20 sobre pediatria, 10 sobre obstetrícia/ginecologia, 10 sobre clínica geral, 10 sobre saúde pública e 10 sobre saúde mental. As perguntas cuja chave de correção foi alterada (a 71, 72, 74 e 75) pertencem, à partida, ao mesmo grupo.

Este ano, a adesão “histórica” de médicos estrangeiros à prova chegou aos 730 candidatos, incluindo 458 inscritos nas faculdades de Medicina de Lisboa e 171 candidaturas na Universidade do Porto. Refira-se ainda que o Minho registou quase 100 candidatos e que apenas 9 foram admitidos em Coimbra, que não realizava a prova desde 2010.

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