A UEFA instaurou esta terça-feira um inquérito disciplinar a Montenegro, por comportamento racista dos adeptos durante o jogo de qualificação para o Euro2020 de futebol, frente à Inglaterra, que se impôs por 5-1, em Podgorica.

O avançado inglês Raheem Sterling, autor do quinto golo da seleção inglesa, acusou os adeptos montenegrinos de terem entoado cânticos racistas contra o colega de equipa Danny Rose, na sequência de um desentendimento entre Aleksandar Boljevic, Jordan Henderson e Rose, que levou o árbitro a admoestar com o cartão amarelo todos os jogadores envolvidos.

“É uma situação muito triste depois de uma grande vitória. Não creio que tenha sido ouvido apenas por duas ou três pessoas. Todo o banco ouviu”, afirmou Sterling à BBC, assinalando que, se o “estádio tem capacidade para 15.000 espetadores” e “se os seus adeptos entoam cânticos racistas, todo o estádio deveria ser castigado, para que ninguém os possa ver”.

Para além da acusação de comportamento racista dos adeptos, a seleção do Montenegro também enfrenta uma investigação pela utilização de engenhos pirotécnicos, arremesso de objetos, distúrbios entre os adeptos e bloqueio de escadas do estádio. O caso contra a seleção montenegrina, quarta classificada no grupo A da qualificação para o Euro2020, será analisado pela Comissão de Controlo, Ética e Disciplina da UEFA a 16 de maio.

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Federação de Montenegro vai identificar e punir adeptos por comportamento racista

Já a Federação Montenegrina de Futebol (FSCG) anunciou também que irá identificar e proibir a entrada em estádios dos adeptos que manifestaram comportamentos racistas durante o jogo com a Inglaterra, de qualificação para o Euro2020.

Em comunicado publicado no site oficial, o organismo federativo sublinhou que tomará “todas as medidas necessárias” para identificar os adeptos em causa, com o intuito de “proibir o acesso ao estádio” de quem atuou de uma maneira “irresponsável”.