O cultivo da planta de canábis para fins medicinais, legalizado e regulamentado em janeiro, vai criar 750 postos de trabalho em Portugal — entre mão-de-obra agrícola até áreas qualificadas como a farmácia, biologia e engenharia química. Esta é a perspetiva das quatro empresas que já se estão a instalar neste setor, que partilharam com o Jornal Económico que já estão a ser investidos valores na ordem dos 160 milhões de euros. No mundo, este mercado vale mais de mil vezes esse valor.

A Sabores Púrpura, uma empresa de Coimbra mas que tem duas plantações em Tavira, Algarve, foi a primeira a receber a autorização (renovada anualmente) do Infarmed para participar nesta indústria — ao Jornal Económico, a empresa indicou que vai investir 100 milhões de euros e criar 400 postos de trabalho.

Outra empresa, de Sintra, a RPK Biopharma terá investido 40 milhões na fábrica em Aljustrel e vai criar 150 empregos. A terceira é a Tilray, uma canadiana que investiu 20 milhões numa fábrica em Cantanhede que está iniciar os trabalhos e contratou Jaime Gama, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, como consultor de produção. Existe, ainda, a Terra Verde, uma empresa que já foi criada em 2014 e opera a partir da região de Setúbal (Ângelo Correia, um histórico do PSD, terá comprado uma participação de 40% nesta empresa).

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