O Benfica respondeu na manhã desta terça-feira à entrevista de Pinto da Costa ao jornal O Jogo, onde o presidente do FC Porto considera que os encarnados, caso ganhem o título, não serão uns justos campeões e que o Campeonato ficou decidido pelas más arbitragens nos últimos três encontros fora do rival, em Santa Maria da Feira, Braga e Vila do Conde. “O maior escândalo, farsa ou mancha negra deste campeonato é chegar-se a esta fase decisiva e o FC Porto ainda estar na luta pelo título”, destaca a newsletter das águias, entre outras farpas lançadas à “fuga para a frente” dos azuis e brancos.
“Seja na Liga Real, na Liga da Verdade ou em qualquer painel de análise, a conclusão é a mesma: sem os dez pontos a mais que resultaram de erros de arbitragem a favor do FC Porto, a única coisa que estaria em jogo no próximo sábado seria a luta para se saber quem ficaria em segundo e terceiro lugar. No fundo, para se saber quem ainda poderia ter acesso à Liga dos Campeões. Por isso, chega a ser penoso assistir à nuvem de fumo e areia para os olhos que representa a espécie de entrevista/monólogo do presidente do FC Porto, que ensaia uma desculpa que só surgiu precisamente a partir do momento em que o Benfica foi ganhar ao Dragão: a criação de uma ficção que passa por responsabilizar a arbitragem caso venha a perder este campeonato”, advoga o texto de resposta dos encarnados ao número 1 dos dragões.
Pinto da Costa: “Ainda gostava de saber quem foi buscar os padres à sacristia”
“O mais incrível é o novo sinal que dá de desespero e sobretudo de desrespeito pelos seus próprios profissionais (equipa técnica e jogadores). Ou seja, na semana em que verdadeiramente tudo se decide, o suposto líder do clube, para salvar a pele de mais um previsível desaire, prepara uma inédita fuga para a frente, dando como garantida a derrota no campeonato e inventando a mais ridícula das desculpas para uma época como esta – as arbitragens. Percebe-se melhor agora o estado de desorientação que levou a equipa a ter de sujeitar-se a humilhações públicas perante as claques”, acrescenta, recordando os apenas dois títulos dos dragões nos últimos seis anos e a aposta “num regresso ao passado de ameaças, coações, pressões, a que ainda se acrescenta o crime do acesso e divulgação indevida de informação interna de um seu concorrente”.
“Perante o risco de mais um insucesso (apesar das muitas ajudas) e sem resposta para justificar o trabalho que não foi feito, ensaia-se agora este penoso exercício de invenção de desculpas que nem o mais fanático dos adeptos convence. Da nossa parte, o rumo há muito está traçado”, conclui o Benfica, que garante ter o foco no jogo de sábado diante dos açorianos do Santa Clara porque “nada está ganho” e que pede de novo o apoio dos adeptos para assegurar a conquista do título.