Coca Cola, Pepsi, Trina, 7Up, Schweppes Limão, Fanta Laranja, Nestea Limão, Lipton Limão e Sprite. Esta é a ordem de refrigerantes com a maior quantidade de açúcar no mercado português atualmente. As duas primeiras marcas lideram com 35 gramas de açúcar em cada lata de 33 centilitros — o equivalente a nove torrões de açúcar de 4 gramas cada. Em contrapartida, as versões originais são as únicas que não apresentam aditivos sintéticos na fórmula, segundo o espanhol ABC.

Refrigerantes light: uma boa ideia ou um veneno?

A análise revela uma tendência cada vez mais clara, desde que começou a pressão para reduzir a presença do açúcar nos refrigerantes. Para cumprirem as regras, as marcas compensam com a adição de edulcorantes, que mantêm o sabor doce.

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As versões light ou zero são as que apresentam mais edulcorantes para compensar a falta do açúcar, em comparação com os refrigerantes originais. A medida foi aplicada depois de decisões governamentais e da pressão de autoridades sanitárias, que ordenaram um corte nos açúcares para combater a obesidade crescente na população, além da ligação com a existência de diabetes tipo 2.

Reino Unido, França, o estado da Califórnia nos EUA e Espanha são alguns dos governos que já implementaram impostos para desacelerar o consumo de açúcar. As latas de Sprite já apresentam uma taxa 80% menor do que anteriormente, as Fantas já diminuíram em 30%.

Uma lata de 7Up, por exemplo, pode ter até 24,1 gramas de açúcar. Em contrapartida, o aspartamo e o acessulfamo — um composto químico 200 vezes mais doce que o açúcar — são aditivos químicos presentes na sua fórmula. São, aliás, dois dos seis edulcorantes mais comuns, além do ciclomato de sódio, a sucralose, a neohesperidina e os glucosidos de esteviol.

As versões light e zero da Pepsi apresentam os mesmos aditivos da 7Up, e os exemplares da gigante Coca Cola ainda acrescentam o ciclomato de sódio à equação. As Trinas possuem, por sua vez, a presença do ciclomato e sucralosa. As versões originais de Fantas e Sprite apresentam uma mistura de três edulcorantes, sendo eles o acessulfamo, a nehespiridina e o aspartamo, além da adição de açúcar.

O resultado são bebidas com menor peso calórico, mas, ao mesmo tempo, adoçadas a partir de um uso extensivo de aditivos sintéticos que, segundo novas pesquisas, revelou o ABC, podem acelerar ainda mais a intolerância à glicose e criar problemas metabólicos, levando também à obesidade e diabetes.