Baghdad Bounedjah recebeu a bola. Avançou. Rematou. E pode ter retirado de vez a bola, neste caso a Bola, a Sadio Mané. Logo aos dois minutos, o avançado do Al Sadd arriscou a sorte e dificilmente poderia ter escrito um final mais feliz, vendo a tentativa bater num defesa contrário e passar por cima de Gomis. N’Diaye, de braços abertos para o seu guarda-redes, pedia explicações para um lance que pouca ou nenhuma explicação tem. E assim ficou definida a Taça das Nações Africanas (1-0).

Pela segunda vez na final da CAN, depois da derrota em 2002 nas grandes penalidades com o Camarões, o Senegal não mais conseguiu recuperar do golo sofrido logo na entrada do encontro e viu de novo a esperança de conquistar o seu primeiro troféu gorada com a curiosidade de ter agora no banco o antigo jogador que tinha falhado o penálti decisivo 17 anos antes, Aliou Cissé. E, com isso, cai uma hipótese falada nos últimos dias na imprensa internacional: Sadio Mané, que conquistou a Liga dos Campeões pelo Liverpool e foi um dos melhores marcadores da Premier League, pode ter perdido a esperança de lutar por aquela que seria a segunda Bola de Ouro de um jogador africano depois de George Weah, em 1995.

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Num jogo sempre intenso, e com algumas picardias à mistura com especial enfoque na saída para os balneários ao intervalo onde vários jogadores se envolveram em quezílias incluindo suplentes de ambas as equipas, a Argélia acabou por conquistar a segunda Taça das Nações Africanas, 29 anos depois da vitória por 1-0 frente à Nigéria.