O empate fora com o Athletico Paranaense para a Taça do Brasil acabou por ser uma estreia boa no Flamengo. A seguir, na estreia no Maracanã a contar para o Campeonato, a goleada frente ao Goiás deixou os adeptos em delírio. Depois, na segunda mão dos quartos da Taça, a igualdade caseira seguida de derrota no desempate por grandes penalidades acabou por afastar a equipa da competição. Jorge Jesus fará este domingo o quarto encontro no comando do clube do Rio de Janeiro, tendo pela frente uma sempre complicada deslocação a São Paulo para defrontar o Corinthians. Mas já sentiu a “cobrança” nesta nova aventura.

À chegada ao aeroporto para seguir viagem para São Paulo e ficar em estágio até ao encontro a contar para a 11.ª jornada do Campeonato, a comitiva do Flamengo acabou por ser surpreendida por dezenas de adeptos que se deslocaram ao local para mostrarem o seu descontentamento pela eliminação nos quartos da Taça do Brasil, tendo Diego, internacional que passou pelo FC Porto, como principal alvo dos protestos no seguimento dessa partida com o Athletico Paranaense.

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“Quero de volta o meu Flamengo vencedor”, “Libertadores já virou obrigação”, “Time [Equipa] mimado” ou “Não queremos dinheiro, queremos títulos” foram algumas das frases que se ouviram na zona de partidas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o que fez com que a comitiva tivesse um compasso de espera antes de descer do autocarro. Foi nessa altura que Jorge Jesus, que cumpre agora o primeiro mês no Brasil depois da estreia no estrangeiro pelo Al-Hilal da Arábia Saudita, saiu, sozinho, para tentar acalmar os adeptos que defendiam que os jogadores tinham de dar tudo pelo Flamengo.

Houve ainda uma tentativa de invasão da área de embarque, travada pelos seguranças do Flamengo e do aeroporto. Jesus esteve alguns minutos a conversar com os adeptos e acabou também por seguir para essa zona, sendo aplaudido à saída por ter ido falar com os presentes. “Percebo cada vez mais a grandeza deste clube, esta torcida, esta massa associativa como nós dizemos. Não representa só um clube, é uma religião. Estou a perceber cada vez mais o que é este clube no Brasil e por isso é que digo isso”, tinha dito o técnico português após a goleada no Maracanã frente ao Goiás.