Para os pilotos de drift, o que importa é associar um chassi ágil a um motor potente. Isto e profundas alterações no sistema de direcção, de forma a permitir que as rodas virem quase a 90º, ou seja, quase o dobro do que é normal encontrar num veículo de série. Também o diferencial tem de ter um autoblocante quase a 100% e os pneus têm de ser diferentes do habitual, com coeficientes de aderência muito baixos e uma resistência ao esforço e ao calor brutal, pois um pneu normal jamais suportaria longos períodos a derrapar envolto em fumo, sem se desfazer aos bocados.

Face a este caderno de encargos tão peculiar, cada equipa e cada piloto “cozinha” o seu próprio modelo, em que o chassi e a mecânica não têm de ter, na origem, o mesmo emblema. Como é o caso de Fast Mike, um sueco que fez de um pacato Volvo V40 um carro de drift muito especial. De recordar que o V40 é um automóvel familiar, que privilegia o espaço e o conforto, com o motor instalado transversalmente à frente, bem como a tracção, excepção feita nas versões Cross Country que eram AWD, ou seja, com tracção integral.

O Fast Mike manteve o chassi e a carroçaria do V40 mas, no lugar do motor sueco, instalou o bloco de um BMW M5. Não o mais recente, mas uma unidade da série E39, que chegou a utilizar uma versão atmosférica com 3.8 litros e 340 cv. É exactamente este que está montado do Volvo, associado à caixa de velocidades e um travão de mão fácil de utilizar através de uma enorme alavanca, para garantir que a traseira está sempre a escorregar à vontade do piloto. Veja por si mesmo este “filho” da Volvo e da BMW, com Fast Mike aos comandos.

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