A Tesla tem um fraquinho por grandes batalhas. Começou por provar a todos que os veículos eléctricos podem ser sexy, rápidos, potentes, acessíveis e com uma autonomia muito razoável, para depois criar uma rede própria de supercarregadores capazes de garantir pontos de carga para os clientes da casa. Mas se os Superchargers nasceram como uma necessidade, têm-se tornado numa mais-valia, pois sendo específicos dos carros da marca, fornecem energia em condições muito mais vantajosas, o que aqui é sinónimo de barata.

Se os eléctricos da Tesla mantêm a vantagem sobre os concorrentes, sejam eles europeus ou americanos, também em relação aos postos de carga a marca americana supera os rivais, maioritariamente a Ionity, financiada por todos os fabricantes alemães, nomeadamente os grupos VW, BMW, Mercedes e Ford, construtor americano que tem em Colónia, na Alemanha, um dos  seus principais centros de decisão.

De acordo com os mapas agora revelados, o número de postos continua a crescer, estando já nos 1.533 pontos de abastecimento, com um total de 13.344 Superchargers, todos eles pertença da Tesla, pagos pela marca e exclusivos dos seus clientes, para a maioria gratuitamente. Além do incremento dos pontos de carga, os Superchargers estão também em fase de actualização, evoluindo para a geração V3, com capacidade de recarregar a 250 kW, em vez dos actuais 125 kW.

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A Ionity, que arrancou em 2017, continua a oferecer apenas 100 estações (os últimos dados são de final de Maio). O que prova que esta rede suportada pelos fabricantes germânicos aderiu aos “prazos da Tesla” (conhecida por derrapar nos objectivos a que se propõe.) Atendendo a que a meta anunciada para 2020 – quando os eléctricos da Audi, BMW, Ford, Mercedes, VW, Seat, Skoda e Mini já estiverem no mercado – é a de possuir 400 estações, ainda assim, será um número consideravelmente inferior ao já oferecido pela Tesla.

No que diz respeito ao preço, segundo o site, a Ionity, que pretende ser lucrativa, propõe uma “flat rate” de 8€ por carregamento, bom para um Audi e-tron 55 quattro, que se apresente no posto com a bateria de 95 kWh completamente descarregada, mas não tanto para o utilizador do novo VW ID.3, que na versão base tem apenas 45 kWh úteis.

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