Os protestos tinham sido proibidos pelo governo chinês, mas isso não foi impedimento para os manifestantes pró-democracia em Hong Kong voltarem a sair às ruas. Depois de um sábado tenso, este domingo a maior concentração é no aeroporto de Hong Kong, onde os manifestantes montaram barricadas e encheram o terminal de autocarros, como conta o The Guardian.

Polícia de Hong Kong lançou gás lacrimogéneo sobre manifestantes

“Libertem Hong Kong, revolução agora”, gritaram a caminho do aeroporto os manifestantes. Dezenas de polícias estão no local a tentar conter o protesto. O comboio que liga a cidade ao aeroporto também já foi fechado.

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Durante a noite as autoridades policiais entraram em várias estações de metro a perseguir protestantes. Várias imagens mostram polícias a bater em manifestantes com cacetes e a usar spray de pimenta.

A polícia também tem usado canhões com água tingida de azul para marcar os manifestantes para depois os poder prender. Além disso, tem utilizado também gás lacrimogéneo para conter os protestos.

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Já no dia anterior, a polícia de Hong Kong tinha lançado gás lacrimogéneo e canhões de água sobre os manifestantes que protestam à frente da sede do Governo no território. O protesto pró-democracia deveria assinalar os cinco anos em que Pequim recusou o sufrágio universal em Hong Kong.

A semana foi marcada também pela detenção de ativistas e deputados do parlamento de Hong Kong. Mas não só. Nos últimos dias, a polícia deixou de fazer policiamento a pé pelas ruas para evitar quaisquer emboscadas às forças de segurança. Esta semana, um ativista foi atacado com tacos de basebol por homens com o rosto tapado. Um polícia foi alvo também de um violento ataque com uma faca à saída de um turno, na sexta-feira, noticiou a Lusa.

Desde junho, mais de 800 manifestantes foram detidos, numa escalada de violência associada também a um impasse político, com a chefe do Governo a admitir chamar a si poderes reforçados face à situação de emergência que se vive no território e com a China a estacionar tropas na cidade vizinha de Hong Kong, Schenzen.

A lei de extradição para a China continental, que entretanto foi suspensa, foi um dos principais pretextos que motivou o início destes protestos. Os manifestantes querem que a lei seja abolida por completo e pedem a libertação de todos os presos durantes os protestos, entre outras reivindicações.

[Em atualização]