O Honda e é um projecto de que se fala desde 2017, mas que só agora está prestes a ver a luz do dia, com o surgimento da versão de produção no Salão de Frankfurt. Será aí que o construtor nipónico vai revelar quando é que vai arrancar com o fabrico do seu primeiro modelo eléctrico movido exclusivamente a bateria. Até lá, e porque as portas do certame germânico só se abrem a 10 de Setembro (para a comunicação social), o construtor japonês aproveita para aguçar a curiosidade em torno do Honda e, embora os registos de interesse neste modelo já tenham passado a barreira dos 30 milhares, segundo a própria marca.

A libertação das primeiras imagens oficiais confirma o que já se esperava, à medida que o concept foi evoluindo: a Honda aposta num estilo rétro por fora e faz um exercício diametralmente oposto por dentro. Excepção feita para os retrovisores exteriores, com os convencionais espelhos a serem substituídos por câmaras compactas, cuja captação de imagem é reproduzida em dois ecrãs de 6 polegadas no interior do veículo. Lá dentro, porém, o aparato tecnológico não se fica por aí: um painel digital, a toda a largura do Honda e, divide-se em cinco ecrãs. Dois deles, tácteis de 12,3 polegadas, ocupam a maior parte da área e funcionam como a “chave” para explorar as soluções de informação e de entretenimento, podendo este ser comandado por voz.

Tecnicamente, a marca confirma grande parte das informações que já aqui tínhamos antecipado. O citadino anuncia 220 km de autonomia com uma carga completa, mas a Honda continua sem especificar sob que protocolo de medição esse valor foi apurado (japonês, norte-americano, europeu?). A alimentar o motor eléctrico, que será disponibilizado com dois níveis de potência – 100 kW (136 cv) ou 113 kW (154 cv) e um binário de 315 Nm -, está um pack de baterias de iões de lítio de 35,5 kWh, refrigerado a líquido. Num posto de carga rápida, a operação de carregamento não tardará mais de meia hora para obter 80% da energia. A capacidade do acumulador é generosa, considerando o segmento, da mesma forma que o consumo também surpreende: 16,13 kWh. Ou seja, menos eficiente que o (mais antigo e maior) Renault Zoe que ainda se encontra em comercialização, por exemplo.

As medidas do citadino eléctrico nipónico ainda não foram divulgadas, mas a sua vocação urbana fica desde já confirmada pelo raio de viragem muito pequeno. Bastam-lhe 8,6 metros, enquanto o Toyota Yaris exige mais um metro.

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