Billie Eilish regressa a Portugal a 10 de julho, para um concerto no NOS Alive. O concerto foi confirmado pela promotora, a Everything is New, depois de anunciado no site oficial da cantora. Eilish esteve em Lisboa a 4 de setembro, para um concerto na Altice Arena. É o terceiro nome anunciado para a edição do próximo ano do festival, que já confirmou a reunião dos Da Weasel e a primeira visita a Portugal de Taylor Swift.

Billie Eilish: então é assim que soa a adolescência em 2019…

Um dos mais recentes fenómenos da pop internacional, Billie Eilish tem 17 anos, editou os primeiros singles em 2016, dois EP no ano seguinte e estreou-se este ano nos álbuns, com When We Fall Asleep Where do We Go, lançado em março. Vai colecionando marcos, como “a primeira artista nascida no século XXI a chegar ao primeiro lugar do top da Billboard”, adolescente do ano pela revista Rolling Stone e três MTV Video Music Awards.

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Tem na canção “Bad Guy” o seu maior sucesso, contas feitas no Spotify e soma mais de 800 milhões de vezes que o tema foi tocado. Juntemos-lhe o número de visualizações no YouTube: mais de 500 milhões. O vídeo em causa é este:

“Bad Guy” é uma boa amostra para perceber o sucesso de Billie Eilish e é também uma amostra generosa do tipo de música que a americana faz, quase sempre em conjunto com o irmão, Finneas O’Connell (este é também o último nome de Billie). Da internet para o quarto, o suporte digital para a voz entre o hip hop e o sussurro adolescente, nem por isso dançável, mas longe de pedir a quem ouve que fique quieto.

Outra das palavras chave no universo Billie Eilish: adolescência. Estará aí o corpo central de fãs da americana, mas a popularidade é bem mais alargada, graças a uma fórmula cuidada e acertada aos tempos que a música urbana vive. Em havendo dúvidas, é espreitar “Bury a friend”, a canção e o vídeo. Números? Praticamente 500 milhões no Spotify, 260 no Youtube:

Nada mais que o costume: os clicks são os de quem ouve e os dos outros, que dizem que não ouvem mas enfim, já se sabe. Até porque fronteiras dessas já pouco se veem, melhor assumi-lo. Importa, isso sim, que Billie Eilish conquistou um espaço em branco na pop internacional: a da jovem que balança entre a esperança e a angústia, a vida de festa e a dúvida sobre quando acaba. Mas sem a banda sonora mais esperada para tal confissão: não é necessariamente melancólica, não é agressiva. Tem um pouco de ambas, mascarada com o espírito “chiclete” que pode ser ouvir música em 2019.

E é tão certeira que Khalid tem um dueto com ela, Justin Bieber participou numa remistura de “Bad Guy” e festivais como o NOS Alive contratam-na para cabeça de cartaz. Uma aposta lançada quase uns 10 meses antes porque é quase certo que vai ser vencedora. Na Altice Arena, mais que cheia, a euforia foi óbvia. Deve repetir-se e fazer mais fãs até lá.