O adolescente de 12 anos e suspeito principal na morte da Raíssa Eloá Dadona, de 9 anos, na cidade de São Paulo, Brasil, confessou nesta terça-feira o crime à Polícia Civil, avançou a imprensa brasileira.

O corpo de Raíssa foi encontrado no último domingo, 29 de setembro, amarrado a uma árvore e com sinais de agressão física que também são compatíveis com agressão sexual. O Parque Anhanguera fica localizado na zona norte de São Paulo, próximo do Centro de Educação Unificado (CEU) onde o suspeito esteve igualmente.

O suposto agressor, que vive a 100 metros da casa da família da vítima, era um amigo próximo de Raíssa e terá acompanhado a rapariga e a mãe numa ida a uma igreja evangélica local, dias antes do assassínio. A criança de 9 anos estava a receber tratamento para o autismo há um ano, no mesmo bairro da residência, em Morro Doce.

Raíssa e o suposto assassino estiveram juntos numa festa promovida pelo CEU Anhanguera, na qual participaram a mãe e um irmão da vítima, além de diversas outras crianças. Câmaras de segurança mostram o adolescente e Raíssa, sozinhos e de mãos dadas, no caminho para o parque, momentos antes da ocorrência. A distância de cerca de 2,2 quilómetros terá sido percorrida de autocarro.

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A confissão aconteceu durante um depoimento do adolescente às autoridades após ter sido detido preventivamente por decisão da Justiça. Agora, o adolescente será escutado pelo Ministério Público, e pode vir a ser transferido para a Fundação Casa, estabelecimento para delinquentes menores de idade em São Paulo. A polícia brasileira descreve o suspeito como “frio”, que só respondia às perguntas colocadas com “sim” ou “não”, como descreve o G1.

Foi o próprio adolescente que contou às autoridades do parque ter encontrado o corpo de Raíssa naquele domingo. Terá ainda revelado à sua mãe no próprio dia que cometeu o crime. Já depois de detido pela polícia, e considerado como principal suspeito, o adolescente contou que quando estava com Raíssa tinham sido abordados por um ciclista maior de idade. Teria sido sob coação deste ciclista, segundo testemunhou, que cometeu o crime.

Na madrugada desta terça-feira o rapaz confessou, por fim, que matou Raíssa sozinho. A rapariga de 9 anos foi encontrada suspensa pelo pescoço, o que leva às autoridades a acreditarem que a causa da morte terá sido asfixia. A motivação do crime ainda não foi descoberta.