O ex-secretário de Estado José Artur Neves, que se demitiu da pasta da Proteção Civil depois de se ver envolvido no polémico caso das golas inflamáveis, foi na sexta-feira constituído arguido na Operação Éter, juntamente com outros 20 nomes, avança o jornal i na sua edição desta segunda-feira.

Em causa estão, segundo o diário, suspeitas de crimes de corrupção passiva, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder que levaram à abertura do inquérito autónomo para a investigação do antigo secretário de estado da Proteção Civil, também arguido no caso das golas inflamáveis.

Operação Éter. DIAP do Porto acusou ex-líder do Turismo do Porto

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O jornal aponta para que os atos suscetíveis de serem considerados crime tenham sido cometidos entre 2011 e 2013, enquanto era autarca da Câmara Municipal de Arouca, no âmbito da instalação da Rede de Lojas Interativas do Turismo. O então autarca e a vereadora do Turismo terão contratado a prestação de serviços imposta pelo Turismo do Porto e do Norte de Portugal, sem qualquer tipo de escrutínio e sem avaliar a necessidade dos serviços, num montante de 150 mil euros.

Entre os contratos estão serviços de design e decoração, conteúdos multimédia, mobiliário e equipamento interativo, em que o i afirma que o autarca e a vereadora ignoraram as regras da contratação pública. O mesmo jornal escreve que com isto se terão beneficiado empresas próximas aos políticos e prejudicado outras que poderiam fazer o mesmo serviço por um preço inferior, causando impacto negativo nas contas públicas.

Na mesma situação está o autarca de Viseu, Almeida Henriques, e alguns colegas da Câmara Municipal por alegadas prevaricação e ilegalidades em concurso de recursos humanos.