As cidades de Lisboa e Fátima vão receber, nos dias 16 e 17 de março, as Jornadas de Cuidados Paliativos/Portugal 2020, coorganizadas pela Academia Pontifícia pela Vida, num momento em que é retomada a discussão em torno da despenalização da eutanásia.

Além da Academia Pontifícia para a Vida, estão envolvidas na organização das jornadas a Conferência Episcopal Portuguesa e a Associação dos Médicos Católicos Portugueses, com o apoio da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos. A iniciativa, realizada no âmbito do projeto PAL – LIFE desenvolvido pelo Grupo de Trabalho Consultivo Internacional para a Difusão e Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos no Mundo, vai ser aproveitada para a apresentação da versão portuguesa do Livro Branco dos Cuidados Paliativos.

Segundo uma nota divulgada esta quinta-feira pela organização das jornadas, os trabalhos em Lisboa, no dia 16 de março, decorrerão na Fundação Calouste Gulbenkian, com um cariz eminentemente científico. O presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Vincenzo Paglia, estará na abertura dos trabalhos, enquanto para o encerramento é separada uma mensagem do Papa Francisco e uma intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo Sousa.

No dia seguinte, os trabalhos decorrem em Fátima, sendo dirigidos aos agentes pastorais, com sensibilização e informação sobre a cultura e a prática dos cuidados paliativos. No final dos trabalhos, na Capelinha das Aparições, o bispo de Leiria-Fátima, cardeal António Marto, conjuntamente com outros prelados, fará a consagração da causa dos cuidados paliativos a Nossa Senhora de Fátima.

Segundo a organização, a iniciativa pretende “contribuir para a consciencialização da sociedade portuguesa em geral e dos profissionais de saúde e da Igreja em particular para a relevância e premência de os cuidados paliativos se tornarem mais acessíveis aos milhares de portugueses que deles carecem, enquanto cuidados de saúde interdisciplinares e de direito humano”.

Já o Livro Branco dos Cuidados Paliativos, para a defesa dos cuidados paliativos globais, “é uma declaração que apresenta um conjunto de recomendações objetivas aos diversos grupos interessados e envolvidos no desenvolvimento dos Cuidados Paliativos em nível mundial, como responsáveis políticos, universidades, farmacêuticas, associações e sociedades profissionais, meios de comunicação social, organizações internacionais, hospitais e centros de saúde, pacientes e famílias, entre outros grupos e pessoas”, acrescenta a nota da organização das jornadas.

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