O ministro da Educação da Guiné-Bissau, Dautarim da Costa, desmentiu esta segunda-feira os sindicatos dos professores, em greve, negando a existência de dívidas, que justifiquem a greve dos docentes.

Neste momento não há divida corrente de salários com os professores”, defendeu, em conferência de imprensa, Dautarim da Costa, ao comentar a situação de greve nalgumas escolas públicas, situação que tem levado a que pais e encarregados de educação dos alunos questionam o desempenho do Governo no setor do ensino.

O ministro admitiu que os salários do mês de janeiro ainda não foram pagos, mas que esta semana a situação será resolvida.

Dautarim da Costa frisou que o atual Governo conseguiu implementar o estatuto da carreira docente, lembrando que o diploma estava em discussão com os sindicatos desde 2011, trazendo um impacto positivo na vida dos professores, disse.

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O ministro observou que “70% dos professores registavam um aumento substancial nos seus salários”, negando que a greve dos docentes esteja a afetar todas as escolas do país.

Segundo Dautarim da Costa, 81% das escolas públicas estão em pleno funcionamento e o “problema da greve existe em Bissau”, onde, admitiu, “a maior parte das escolas não estão a funcionar”.

O responsável afirmou que apenas 12 escolas públicas estão a funcionar em Bissau e que o resto se mantêm fechadas, “não por falta de professores, mas por falta de alunos” que se recusam a comparecer nas escolas.

O ministro pediu aos pais e encarregados de educação para que mandem os alunos para a escola, porque, notou, os professores estão dispostos a dar aulas.

Organizações de jovens e associações de pais têm apelado ao Governo no sentido de “conversar com os professores” para que retomam a docência nas escolas públicas.