O presidente executivo da TAP lamentou a decisão das autoridades venezuelanas de suspender as operações da companhia portuguesa para o país, na sequência do transporte do líder da oposição, Juan Guaidó. Antonoaldo Neves diz que o impacto direto são de 10 milhões de euros, mas alerta para “repercussões negativas na imagem e na marca da TAP” que ainda não consegue quantificar.

Na conferência de imprensa sobre os resultados de 2019, o gestor começou por refutar as acusações feitas pela Venezuela de que a TAP terá transportado Guaidó com uma identidade errada e que terá permitido o transporte de explosivos. “Quem faz a inspeção das bagagens não é a TAP (é uma competência do aeroporto e das autoridades de segurança e controlo de passaportes). E empresa “nunca aceitaria transportar alguém com com o nome errado”.

“É cómico, mas é trágico, porque são dez milhões de euros. É um absurdo e não tenho palavras para descrever um ato desses. Vocês nem fazem ideia da repercussão negativa na imagem e na marca da TAP (…) Dez milhões de euros são os prejuízos diretos. E o indireto? Não sei mencionar. Estou muito entristecido com isso”.

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